sexta-feira, 24 de junho de 2011

Digas de Fonoaudióloga para Crianças Autista

Estratégias para pais e cuidadores de crianças com Atraso no desenvolvimento da linguagem

· Aguardar, observar e ouvir tudo o que a criança tem para manifestar: gestos, vocalizações e olhares;
 · Não atuar de forma diretiva e controladora, dando oportunidade para a criança manifestar seus desejos, interesses e necessidades;
 · Fornecer oportunidades que favoreçam a comunicação e saber aguardar uma resposta;
 · Usar linguagem compatível com as possibilidades de compreensão pela criança;
 · Interpretar atos não intencionais como se fossem atos comunicativos intencionais;
 · Não dar automaticamente as coisas para a criança: aguardar que ela tome iniciativa para solicitar os objetos;
 · Conhecer as capacidades comunicativas típicas de cada criança e saber que é esse recurso que se pode contar no momento da interação com elas;
 · Solicitar pouco de suas capacidades ou exigir acima do que ela pode responder significa possível quebra de interação por falta de sintonia entre os interlocutores;
 · Garantir a proximidade física e o contato face a face: esta facilita o intercambio comunicativo;
 · Imitar sistematicamente o que a criança faz é uma forma eficiente de chegar ao seu nível: é como sintonizar na mesma estação em que ela opera;
 · Dar nome as coisas, de modo natural. Nomear sistematicamente objetos e ações aumenta a possibilidade de compreensão, assim como conduz ao uso de palavras novas;
 · As situações do dia a dia devem ser adaptadas de modo que levem a criança a usar a linguagem como um meio privilegiado de ação;
· Criar pequenos problemas cujas soluções impliquem atos comunicativos, EX: dar a mamadeira vazia na hora de tomar o leite, apresentar uma caixa sem o conteúdo que habitualmente à criança encontra dentro dela e assim por diante. Aguardar as atitudes da criança para resolver situações como esta.


      

        O QUE DEVE SER EVITADO

· Tomar sistematicamente a iniciativa da comunicação;
 · Ficar testando a capacidade das crianças com ordens e perguntas;
 · Ficar dirigindo a ação da criança, dizendo como deve agir ou proceder;
 · Interromper o silencio que corresponde ao tempo de espera que deve dar para que a criança tome a iniciativa da comunicação;
 · Ficar falando no lugar da criança;
· Falar em excesso sem dar tempo para criança responder ao tomar a iniciativa.

TESTES STANDARDIZADOS


No processo de avaliação, é possível que sejam utilizadas escalas de classificação desenvolvidas com crianças com a perturbação do espectro autista e que podem ser preenchidas por uma observação directa ou tendo em conta o relato dos pais. As escalas e testes que se seguem sãoCor do textoos mais usados no diagnóstico da PEA.

Entrevista de diagnóstico do autismo (ADI – Autism Diagnostic Intervew) (Le Couter et al. 1989):

É uma entrevista-padrão semi-estruturada desenvolvida como ferramenta de investigação para utilização com os pais das crianças. É dada uma cobertura exaustiva ás áreas da tríade, com particular atenção ás perguntas em aberto e à procura de informações que não influenciem as respostas obtidas. É necessária formação especializada no Rutter Institute. É fornecido um algoritmo para ajudar no diagnóstico dos que utilizam este procedimento.

Plano de observação do diagnóstico de autismo (ADOS – Autism Diagnostic Observation Schedule) (Lord et al.1989):

Este procedimento semi-estruturado, destinado à utilização na avaliação do individuo, implica a apresentação de uma série de actividades que requerem interacção social, a utilização da imaginação, capacidades de jogo e explicação dos sentimentos. Mais uma vez é utilizado um algoritmo de diagnóstico e é necessária formação profissional.

Escala de classificação do autismo na infância (CARS – Childhood Autismo Rating Scale)(Schopler et al. 1980):

Esta escala de classificação, inventada na Carolina do Norte (EUA) para a utilização na clínica de tratamento e educação de crianças autistas e com deficiências de comunicação, assenta num conjunto global de observações baseadas em vários sistemas de diagnóstico. Permite reunir provas de um conjunto de 15 itens que reflectem muitos factos do autismo e pode ser aplicado a partir dos 24 meses. A escala de classificação é cumulativa.

Perfil Psico-Educacional – Revisto (PEP-R Psycoeducational Profile – Revised) (Schopler et al.1990):

Esta avaliação pode ser aplicada entre os 6 meses e os 7 anos e envolve a apresentação à criança de uma série de actividades que abrangem um inventário de comportamento e capacidades relevantes para o autismo, destinando-se a identificar padrões de aprendizagem irregulares e idiossincráticos. As capacidades de desenvolvimento são avaliadas em sete áreas e os comportamentos atípicos são avaliados noutras quatro áreas. A maioria dos itens não depende de capacidade verbal. O perfil resultante é utilizado para ajudar a conceber programas educativos individuais para as crianças.

Checklist for Autism in toddlers (CHAT) (Baron-Cohen et al.1992):

A CHAT pode ser usada por clínicos gerais ou agentes de saúde em avaliações rotineiras da criança. Consiste em perguntas para os pais e numa série de situações criadas para permitir a observação da resposta da criança. Caso se verifique uma suspeita de autismo, deverá ser feita uma avaliação complementar.

Gilliam Autism Rating Scale (GARS) (Gilliam, 1995):

A GARS, que pode ser utilizada com crianças e jovens dos 4 aos 20 anos, inclui itens baseados nas definições do autismo utilizadas pelo DSM-IV-TR e outros manuais. Os três principais sub-testes avaliam comportamentos estereotipados, interacção social e comunicação. É usada por terapeutas da fala, psicólogos educacionais, coordenadores de necessidades educacionais especiais e professores de educação especial. Mais utilizado para a despistagem da Síndrome de Asperger.

Social Communication Questionnaire (SCQ, antigo Autism Screening Questionnaire, ASQ, Berument et al., 1999):

É um questionário que se baseia na ADI-R, segue um padrão de respostas sim/não não sendo tão exaustivo para responder. Pode apresentar-se de duas formas diferentes: uma relativa ao comportamento actual e outra em relação ao comportamento ao longo da vida.

Diagnostic Interview of Social and Communication Disorders (DISCO, Wing et al., 2002):

È uma entrevista que pode ser utilizada em alternativa à ADI-R. Engloba vários domínios do desenvolvimento, bem como comportamento com características autistas. Tem como objectivo compilar a história do desenvolvimento segundo uma maior variedade de comportamentos típicos e atípicos.

Screening Tool for Autism in 2-Year-Olds (STAT, Stone et al., 2000):

Programa interactivo para crianças com idades entre 24 meses e 35 meses. É semelhante a um dos módulos do ADOS, embora seja muito mais breve e menos exaustivo. Baseia-se numa sessão de jogo com o mínimo de duração de 20 minutos, onde se pode avaliar o jogo simbólico, comportamento social recíproco, atenção conjunta, imitação motora e comunicação.

Pervasive Developmental Disorders Screening Test (PDDST, Siegel, 1998):

Questionário para os pais de crianças até aos 36 meses e que se aplica em 3 estádios: médico cuidados primário, clínicos mais especializados e especialistas em PEA. As questões abordam os sintomas positivos, sintomas negativos, desenvolvimento geral e regressão.

Autism Behavior Checklist (ABC, Krug et al., 1980):

É uma escala que pode ser preenchida pelos pais ou professores, extensa (composta por 57 questões) e que se concentra nas seguintes 5 categorias: sentidos, relações, uso do corpo e objectos, linguagem social e auto-ajuda. Esta escala foi desenhada primariamente para criança em idade escolar podendo, no entanto ser aplicada à idade pré-escolar.

Testes Adaptativos (exemplos):

ABS – Adaptative and Behaviour Scale (Nihira, 1974);
ABS-SE (versão escolar);
Echelle québecoise de comportements adaptatifs (Maurice et al., 1993);
Vineland adaptative behaviour scale (VABS);

Referências bibliográficas:Farrell, M. (2008). Dificuldades de comunicação e autismo – Guia do Professor. 1ª edição, Artmed. Porto Alegre.
Cumine, V., Leach, J. e Stevenson, G. (2006). Compreender a Síndroma de Asperger – Guia prático para Professores. 1ª edição, Porto Editora. Porto.
Ozzonof, S., Rogers, S.J., Hendren, R.L. (2003) Perturbação do Espectro do Autismo - Perspectivas da Investigação Actual. 1ªedição, Climepsi editores. Lisboa.
Rodrigues, H. (2008) Apontamentos policopiados: Espectro Autista. Aula do dia 15 de Dezembro de 2008.

Tipos de Perturbações do Espectro Autista - PEA


A PEA engloba o Autismo Clássico, o Síndrome de Asperger, o Síndrome de Rett, as Perturbações Desintegrativas da Infância e as Perturbações Pervasivas do Desenvolvimento Não Contempladas Noutra Parte (NCOP).


Autismo Clássico

Frequentemente, muitas pessoas usam a palavra autismo para se referir tanto a Perturbações do Espectro Autista como ao Autismo Clássico. Este, surge antes dos 36 meses de idade e estas crianças podem ter uma comunicação e interacção que tende a regredir significativamente.


Características gerais:


- Afecta a capacidade de comunicar, de socializar e de aprender.
- As pessoas com esta perturbação têm dificuldade em falar com outras pessoas.
- Às vezes comportam-se estranhamente. Por exemplo, podem bater as mãos ou repetir palavras, uma e outra vez.
- São susceptíveis de ter outras condições, tais como dificuldades de aprendizagem ou epilepsia.


Síndrome de Asperger

Estas crianças não têm um problema com a linguagem - na verdade, elas tendem a ter testes de inteligência acima da média, e não têm os mesmos problemas sociais e de interesses de âmbito limitado, como as crianças com Autismo Clássico. 


Características gerais:


- As pessoas com Síndrome de Asperger têm inteligência média ou acima da média.
- Acham difícil falar com outras pessoas ou fazer amigos.
- Tendem a ter má coordenação e concentração.
- Pessoas com esta condição normalmente têm uma gama limitada de interesses.
- Fazem coisas ou dizem coisas, uma e outra vez.
- Têm dificuldade em encontrar um emprego ou progredir sem a ajuda de outras pessoas.


Perturbação desintegrativa da infância

No início estas crianças parecem perfeitamente normais. Elas começam a regredir com idades entre os 2-4 anos. Estas apresentam um grave retrocesso nas capacidades de comunicação, comportamento social, e todas as habilidades motoras de desenvolvimento.


Características gerais:


- Crianças que parecem desenvolver normalmente até a idade de dois anos.
- Depois vão perdendo muitas das habilidades que tinham antes, como a capacidade de andar ou falar.
- Partilham também alguns dos sintomas de pessoas com Autismo Clássico.
- Podem ter dificuldades com a interacção social, comunicação, comportamentos repetitivos e interesses.


Síndrome de Rett
Caracteriza-se por afectar geralmente as meninas. No início são meninas que desenvolvem normalmente até aos 6 meses de idade mas depois regridem significativamente. A sua regressão está associada a microcefalia (cabeça pequena).
Características gerais:
- Perda do tónus muscular é geralmente o primeiro sintoma.
- Podem apresentar problemas ao caminhar e visão diminuída.
- Incapacidade para desempenhar funções motoras.


Perturbações pervasivas do desenvolvimento não-contempladas noutra parte

Estas crianças não satisfazem plenamente os critérios utilizados para diagnosticar os sintomas de qualquer um dos quatro tipos específicos acima, e / ou não têm o grau de comprometimento acima descritos, em qualquer dos quatro tipos específicos.


Características gerais:


- São mais propícios a terem outras doenças associadas como a epilepsia.
- Não existe uma cura para esta doença, mas existem algumas intervenções que podem ajudar a diminuir os sintomas.
- Existem também algumas intervenções que podem ajudar com os problemas relacionados, tais como ansiedade ou lesões auto-provocadas.


Ler acerca da Semiologia



Referências bibliográficas:


Autism Spectrum disorders. Acedido em: 9 de Dezembro de 2008 em:http://www.nimh.nih.gov/health/publications/autism/complete-publication.shtml

Pervasive Developmental Disorders. Acedido em: 9 de Dezembro de 2088 em:http://old.nichcy.org/pubs/factshe/fs20txt.htm

INTEGRAÇÃO SENSORIAL - Terapia Ocupacional (T.O)

Na intervenção com a integração sensorial as experiências tácteis são componentes essenciais, sendo a pressão profunda a primeira organização deste sistema. Materiais que promovem pressão profunda são por exemplo, almofadas pesadas, travesseiros largos, sacos com areia com diferentes pesos e escovas.
Deve também existir materiais que providenciem à criança o contacto com diferentes texturas e com materiais quentes e frios. Para tal materiais como, barris revestidos com diferentes tipos de carpetes, lençóis de flanela, cobertores, mantas, cremes, recipientes com areia, recipientes com arroz, recipientes com feijões, com água a diferentes temperaturas, amostras de roupas, objectos que proporcionem vibração, etc. devem estar presentes.
No inicio do processo de intervenção os pais e/ou cuidadores devem fazer parte deste, auxiliando o terapeuta a perceber quais as rotinas e pontos fortes da criança, visto que esta intervenção é delineada tendo em conta os pontos fortes da criança como forma de colmatar as suas dificuldades.

As crianças com PEA ( Perturbação de Espectro Autista) apresentam problemas na organização e interpretação da informação sensorial, não conseguindo perceber e registar os estímulos sensoriais, o que impede o processamento correto da informação podendo resultar em situações de Hiperesponsividade ou de Hiporresponsividade, ficando assim, todo o processo de integração Sensorial comprometido. Desta forma, o T.O tendo em conta que o Sistema Nervoso Central (SNC) apresenta plasticidade (capacidade das estruturas do cérebro serem modificadas ou se modificarem), irá durante as sessões de Integração Sensorial, oferecer à criança, através de atividades, o uso repetido de estímulos sensoriais (proprioceptivos, vestibulares, tácteis) que irão promover mudanças no cérebro que proporcionarão uma organização do SNC assegurando o processamento correcto da informação sensorial inerente às atividades proporcionando uma resposta correcta ao estímulo apresentado. Quando esta terapia é bem sucedida pode desenvolver competências de atenção, concentração, audição, compreensão, equilíbrio e controlo da impulsividade. É necessário ter em conta que esta intervenção não irá directamente proporcionar à criança a aquisição de competências de um nível superior mas será a base necessária para que estas habilidades mais elaboradas se desenvolvam, como por exemplo a aprendizagem. Os pais das crianças com autismo e os seus filhos enfrentam desafios muito grandes para encontrar rotinas, experiências e atividades que proporcionarão satisfação e sucesso no dia-a-dia. Assim é necessário que os pais destas crianças sejam capazes de perceber a forma como a criança processa a informação sensorial, para poderem antecipar respostas da criança, evitar angústias e integrar nas rotinas diárias da família atividades baseadas no processamento sensorial e atividades que incluam planeamento motor. Uma outra lacuna de crianças com autismo é a fraca interação destas com a comunidade que as rodeia. Assim torna-se também importante incorporar a integração sensorial nestes diferentes contextos, porém, tal torna-se extremamente difícil visto que são espaços menos controláveis e menos previsíveis. Deve então ser delineado um plano para indivíduos com autismo que levem à seleção das actividades e ambientes mais desejáveis e desenvolver estratégias para lidar com situações que são inevitáveis e que podem causar desconforto e confusão ao indivíduo com autismo.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Encontrar o autismo pode levar a simples teste de urina para a condição

Ciência Blog


Crianças com autismo têm uma impressão digital química diferente em sua urina do que crianças não-autistas, de acordo com nova pesquisa publicada amanhã na edição impressa do Jornal de Proteome Research.
Os pesquisadores por trás do estudo, do Imperial College London e da Universidade de South Australia, sugerem que suas descobertas podem levar a um teste de urina simples para determinar se ou não uma criança tem autismo.
O autismo afeta uma estimativa em cada 100 pessoas no Reino Unido. Pessoas com autismo têm uma série de sintomas diferentes, mas eles geralmente problemas com a comunicação e habilidades sociais, como a compreensão emoções de outras pessoas e fazer conversa eo contato visual.
Pessoas com autismo são também conhecidos por sofrer de distúrbios gastrointestinais e eles têm uma composição diferentes de bactérias em suas entranhas do não-autista pessoas.
Actualmente a investigação mostra que é possível distinguir entre crianças autistas e não autistas, olhando para os subprodutos das bactérias intestinais e processos metabólicos do organismo na urina das crianças. O significado exato biológica de distúrbios gastrointestinais no desenvolvimento do autismo é desconhecida.
A impressão digital metabólica urinária distintivo para o autismo identificados no estudo de hoje poderia formar a base de um teste não-invasivo que pode ajudar a diagnosticar o autismo mais cedo. Isso permitiria que as crianças autistas a receber assistência, como a terapia comportamental avançados, no início de seu desenvolvimento do que é actualmente possível.
Atualmente, as crianças são avaliadas para o autismo por um longo processo envolvendo uma série de testes que exploram a interação social da criança, habilidades de comunicação e imaginativa.
Intervenção precoce pode melhorar significativamente o progresso das crianças com autismo, mas atualmente é difícil estabelecer um diagnóstico firme quando as crianças são menores de 18 meses de idade, embora seja provável que as mudanças podem ocorrer muito mais cedo do que isso.
Os pesquisadores sugerem que a sua nova compreensão da composição de bactérias no estômago de crianças autistas também poderia ajudar os cientistas a desenvolver tratamentos para combater os problemas das pessoas autistas gastrointestinal.
Professor Jeremy Nicholson, autor correspondente do estudo, que é o Chefe do Departamento de Cirurgia e Câncer do Imperial College London, disse: "O autismo é uma condição que afeta as habilidades sociais de uma pessoa, então a princípio pode parecer estranho que há uma relação entre o autismo eo que está acontecendo no intestino de alguém. No entanto, o seu metabolismo e da composição de bactérias seu intestino refletir todos os tipos de coisas, inclusive seu estilo de vida e seus genes. O autismo afeta muitas partes diferentes do sistema de uma pessoa e nosso estudo mostra que você pode ver como ele perturba o seu sistema, olhando para o seu metabolismo e bactérias de seus intestinos.
"Esperamos que nossos resultados pode ser o primeiro passo para a criação de um simples teste de urina para diagnosticar o autismo em uma idade muito jovem, embora isso seja muito longe - tal teste poderia levar muitos anos para desenvolver e nós estamos apenas começando a explorar as possibilidades. Sabemos que fazer uma terapia para crianças com autismo quando são muito jovens podem fazer uma enorme diferença para o seu progresso. Um teste de urina pode habilitar profissionais para identificar rapidamente as crianças com autismo e ajudá-los logo no início ", acrescentou.
Os investigadores estão agora interessados ​​em investigar se as diferenças metabólicas em pessoas com autismo são relacionadas com as causas da doença ou são uma consequência da sua progressão.
Os pesquisadores chegaram a essas conclusões por meio de espectroscopia de RMN H para analisar a urina de três grupos de crianças com idade entre 3 e 9: 39 crianças que já havia sido diagnosticado com autismo, 28 não-autista irmãos de crianças com autismo, e 34 crianças que fizeramnão têm autismo que não têm um irmão autista.
Eles descobriram que cada um dos três grupos tiveram uma impressão digital química distinta. Crianças não-autistas com irmãos autistas tiveram uma impressão digital química diferente do que aqueles sem quaisquer irmãos autistas e crianças autistas tiveram uma impressão digital química diferente dos outros dois grupos.



FONTE:
http://scienceblog.com/34718/autism-finding-could-lead-to-simple-urine-test-for-the-condition/





quarta-feira, 22 de junho de 2011

A odontologia para Autista






Na 1ª sessão de condicionamento lúdico iniciei com abordagem adaptando o método Son Rise® à odontologia, fui ao encontro do paciente, que estava sentado na sala de espera realizando movimentos estereotipados com o tronco para frente e para trás, sem notar minha presença. Abortei o uso do jaleco branco e nas mãos levava um carrinho de plástico. Não falei nada, apenas passava na frente dele com o carro entre os dedos. Sentei ao seu lado e aos
poucos fui empurrando o carrinho sobre sua perna, imediatamente ele pegou. Comemorei com aplausos e disse: “muito bem!”, como indica o Programa Son Rise®. Dessa forma estava sendo motivado a interagir e a intenção era “entrar no mundo da pessoa com autismo”. Aos poucos foi aceitando que manipulasse o carrinho sobre suas pernas. Mas precisava mais, teria que entrar ao consultório e era um ambiente novo, desconhecido, cheio de estímulos visuais que podem sobrecarregá-los e serem competitivos ao condicionamento, além de odores que poderiam desencadear crises nesse paciente. Devemos simplificar o ambiente de trabalho (4).
Na cabeça, fiz a opção de usar uma tiara com 2 borboletas presas por longas molas que se mexiam num simples toque, o retorno com essa ação era buscar o contato visual, uma das mais difíceis maneiras de relacionamento do paciente autista. Associei o uso da tiara à música “Borboletinha” das cantigas infantis, em tom baixo e buscando o contato visual. Aos poucos estendi as mãos ao paciente e o conduzi ao consultório. Mais uma vez deu tudo certo e ele me seguiu. Comemoramos novamente: “Muito bem!
Formidável!”, e mais aplausos. O Programa Son Rise® é lúdico. A ênfase está na diversão. As atividades são adaptadas para serem motivadoras e apropriadas ao paciente mesmo que ele seja um adulto. Uma vez que a pessoa com autismo esteja motivada para interagir com o profissional, este poderá criar situações de aprendizagem – e no nosso caso é conhecer, entender e aceitar o tratamento odontológico. O paciente tem que ter segurança no profissional, confiar em suas palavras e gestos, e o profissional não deve nunca quebrar esse vínculo, respeito e confiança. Entramos no consultório e sentamos sobre um tapete de EVA colocado no chão, onde alguns carrinhos nos esperavam para prosseguir o condicionamento.
Falo em prosseguir porque o mesmo já foi iniciado no 1º contato, ainda na recepção, onde detalhes não podem ser esquecidos, já que para esses pacientes não são detalhes.
 Na altura de nossos olhos estava fixo na parede um espelho de 0,50 x 1,00 m, para tentarmos de várias maneiras o contato visual. Alguns pacientes autistas buscam o contato visual através da imagem refletida no espelho e devemos ficar atentos a isso e comemorar imediatamente quando esse contato for alcançado, motivando para que ele seja repetido. Sempre que comemoramos a habilidade adquirida estamos fortalecendo para que ela se repita. Quando
um comportamento é fortalecido é mais provável que aconteça no futuro (7) . Podemos comemorar com aplausos, bolinhas de sabão e várias tentativas até encontrar o que realmente motiva essa pessoa. Buscamos o contato visual porque será o melhor caminho de comunicação para o paciente perceber que você existe e aceitar você para seu mundo. Não podemos ter medo de ousar, confiar sempre, estudar a técnica e aplicá-la com amor. Nessa
sessão, conseguimos o contato visual por três vezes, além disso o paciente entrou espontaneamente ao consultório, observou tudo, sentiu alguns objetos com as mãos e aceitou o contato das minhas mãos – que, nesse momento, já estavam com as luvas.

Na 2ª sessão de condicionamento lúdico, o paciente chegou e imediatamente entrou ao consultório procurando o carrinho usado na sessão anterior. Meu planejamento era que ele sentasse na cadeira odontológica, então prendi o carrinho no refletor com fita crepe e deixei a luz acesa para chamar a sua atenção. Ótimo, ele encontrou o carrinho e sentou na cadeira. Bati palmas, comemorei e, é claro, dei o carrinho em suas mãos. Nesse momento consegui mais um contato visual e percebi que nosso vínculo estava ficando mais forte. Aproveitei o momento para apresentar a seringa tríplice lançando um pouco de ar no carrinho e depois na
perna do paciente, subindo a caminho da boca. Nesse momento gosto de fazer uso das músicas infantis, brincando, cantando e apresentando os instrumentos do consultório. É importante observar cada reação de nosso paciente, apresentar verbalmente cada ação para não ser uma surpresa e fazer de maneira calma sem assustar nem causar estresse. Podemos usar figuras para apresentação dos instrumentos do consultório e depois mostrar o objeto propriamente dito. Parece que dessa forma eles reagem melhor a novidades, essas figuras devem ser simples e exemplificar realmente o objeto de maneira clara – como a fotografia de mãos com luvas, mostrando as mãos com as luvas para que ele possa sentir sua textura. Se a opção for atender pacientes autistas não pense que tudo isso “são detalhes”. Ótimo, aceitou a tríplice, as luvas e a manipulação da face, com auxílio de fantoches de dedo e todo apoio lúdico conseguimos acesso à cavidade bucal, e a higiene oral com escova e pasta foi realizada. Nunca se esquecer de recompensar: muito bom! Bolinhas de sabão. Isso é o que
afirma o Programa Son Rise®. Para essa sessão já estava ótimo.

Na 3ª sessão ele entrou muito tranquilamente e sentou na cadeira, arrancou o carrinho do refletor e começou a gritar alguma coisa que não entendi. De repente o compressor ligou e foi um desastre, uma gritaria só. Ele batia a mão na cabeça e movimentava o tronco para frente e para trás. Pedi que desligassem o compressor mas já era tarde, encerramos a sessão.

A 4ª sessão foi marcada com intervalo de uma semana para diminuir o estresse anterior. Estava muito ansiosa ao recebê-lo, mas foi tudo bem: ele entrou, sentou e arrancou o carrinho do refletor. Desta vez o compressor já estava desligado! Iniciamos com profilaxia com uso da baixa-rotação, 1º no carrinho, depois na mão, no rosto e finalmente na boca. Foi ótimo, consegui a profilaxia de todo arco superior e deu para terminar o exame clínico. Conforme
fazia a profilaxia, ia mexendo a cabeça para que as borboletinhas balançassem e foi ótimo, consegui por várias vezes o contato visual e percebi que já tínhamos um vínculo. Sessão terminada para não estressar o paciente. Nesse momento sempre pego o brinquedo e guardo afirmando que irá encontrá-lo na próxima sessão e sempre dá certo no retorno.

A 5ª sessão foi a mais tranquila de todas: o paciente entrou, sentou, arrancou o carrinho do refletor e ficou com a boca aberta. ÓTIMO! Terminei a profilaxia e marcamos retorno bimestral para controle e prevenção, porque o paciente não apresentava cáries.






Palestra direcionada à pais, cuidadores e também profissionais que atuam com pessoas no espectro autista.

4h, 8h ou curso para profissionais com 32h.

Contato: zinkpinho@yahoo.com.br

RISPIRIDONA VERSUS RITALINA


1- Risperidona ( não manipule ):
bom : "acalma " , alguns pacientes ( efeito antipsicotico ) por tempo determinado; aumentando foco .
ruim  curto prazo : aumento de apetite e xixi
ruim londo prazo : inflamatorio ( tem q usar antioxidante junto obrigatoriamente ) , obesidade , HAS ( hipertensão arterial - pelo peso ),  diabetes ( pelo aumento de peso e resistencia periferica á insulina alta )
2- Ritalina :
bom : foca a criança por 8 horas ( habitualmente )
ruim curto prazo: inibição do apetite ( importante ) , mudança de humor ( mal humor , irritação e agressividade )
ruim longo prazo : diminuição do peso ( importante )
3- Concerta :
bom : foco mais prolongado, sem a irritabilidade da ritalina
ruim : perda de peso ( só o que ví )

4- antidepressivos :
depende a classe escolhida ( IMAO, triciclicos, etc ) : maiores desvantagens : boca seca , alguns aumento de pressão , etc........

5- antipsicoticos ( além de risperidona ) :
ruim : inflamação, ganho de peso
bom : terapeutas agradecem pela " flexibilidade" adquirida


Infelizmente , no Brasil , muitos querem esta " flexibilidade" farmacologica . acredito que algumas crinaças necessitem ; mas nem todas ............


Dra. Simone Pires
DAN! & Medicina Integrativa
Jd. Paulistano - São Paulo
F: 11- 3704-7317 / 3704-7318

domingo, 19 de junho de 2011

Momentos de Rafael Yuri

Pessoas com autismo apresentam, desde cedo, um distúrbio severo do desenvolvimento, principalmente, relacionado a sua comunicação e interação social. Mas, por outro lado, podem apresentar incríveis habilidades motoras, musicais, de memória e outras, que muitas vezes, não estão de acordo com sua idade cronológica, apresentando-se bem mais adiantada do que deveriam estar

Rafael Yuri 03 meses 

É comum que crianças autistas tenham apego inadequado a determinados objetos e rotinas. Por esta razão, é preciso que se realize um trabalho estruturado e organizado com a mesma, para que se tire proveito do uso desse apego rotineiro. A fixação em realizar determinadas atividades, repetir permanentemente certas ações, preferir usar as mesmas roupas etc., são problemas de comportamento característicos dessas crianças que devem ser trabalhadas em seu dia a dia pelos pais e professores. Tem o intuito de modificar tais comportamentos por outros úteis e adequados ao momento, tendo em vista o desenvolvimento de sua autonomia, iniciativa e compreensão daquilo que está fazendo ou do que precisa fazer.

Rafael Yuri 10.2009 - Internado


A criança autista, tal como qualquer outra criança, atravessa diversas etapas em seu desenvolvimento e conseqüentemente, torna-se um jovem-adulto. Pouco se fala sobre o jovem e o adulto com autismo, mas sem dúvida nenhuma, eles também chegam a essa idade e muitas vezes, chegam esperando por algo, assim como a maioria daqueles que têm a mesma idade.

Rafael Yuri de volta da aula no almoço - 05.2009





segunda-feira, 13 de junho de 2011

CONTROLE DO ESFÍNCTER NO AUTISMO



Precisará de muita paciência e humor. Não tente criar uma batalha com o treinamento de esfíncter do seu filho; provavelmente perderá. Dê sinal de comando: “José, xixi” e leve-o para o banheiro. Estabeleça uma rotina, geralmente depois de comer. Descubra os sinais  – inquieto, se esconde... – para levá-lo ao banheiro por curto espaço de tempo (5min.), deixe-o  sair se não fizer nada, se possível caminhe um pouco.

Desenho de vaso sanitário

Elogie-o muito, jamais o recrimine. Não permita rituais específicos, serão difíceis de retirar.
Se a criança tem medo da privada, na hora do banho vista-o sentado com a tampa abaixada. Familiarize-o com a privada. Permita que ele observe o adulto usando o vaso sanitário, dê “tchau” para as fezes na hora da descarga, tudo com alegria. Diga: “agora é o José!”, mas sem tirar a fralda. É importante que ele consiga fazer xixi e coco no banheiro, mesmo de fraldas. Ele tem que saber que o lugar de fazer xixi e coco é no banheiro.
Se perceber que ele está para fazer as necessidades na fralda, corra com ele para o banheiro. 
Conseguindo isto, sente seu filho no vaso com a tampa abaixada, mas ainda com a fralda. No passo seguinte, faça o mesmo, mas com a tampa levantada e ainda com fralda. Uma vez superada  esta etapa, ponha-o no vaso sem as fraldas. E por último, ensine a ele como se limpar. Recompense (reforço positivo) sempre com uma guloseima, brinquedo ou ação que ele aprecie quando conseguir sucesso. Lembre-se que é necessário regularidade e persistência, 

1.     estabelecer uma rotina a longo prazo: o prazo de seu filho e não o seu.


    domingo, 12 de junho de 2011

    VIDEO DE RAFAEL YURI - Terapia Ocupacional


    Rafael Yuri em Terapia Ocupacional  -
    Drª Angela Galo

    A terapia ocupacional pode beneficiar a pessoa autista, atendendo e desenvolvendo a qualidade de vida da pessoa como indivíduo. O objetivo é introduzir, desenvolver e manter habilidades que permitam o indivíduo participar o mais independente possível nas atividades diárias tão significativas. Desenvolver o aprendizado com as habilidades motora fina, habilidades de interação, habilidades de auto-cuidado e a socialização são os pontos alvos que devem ser atingidos.

    Com os métodos da terapia ocupacional, a pessoa com autismo pode ser ajudada tanto em casa quanto na escola, ensinando-o atividades como se vestir, se alimentar, ir ao banheiro adequadamente, arrumar-se ou enfeitar-se adequadamente. E ainda desenvolver a coordenação motora fina e a coordenação visual  necessária pra se aprender a ler e fazer atividades manuais, a coordenação motora grossa para habilitar o indivíduo a andar de bicicleta ou até mesmo andar adequadamente, e as habilidades de percepção visual necessária para a escrita.

    A terapia ocupacional faz parte de um esforço colaborativo de médicos e educadores, assim como dos pais e outros membros familiares. Com esse tipo de tratamento a pessoa com autismo pode se mover adequadamente na vida social com toda desenvoltura necessária nas atividades de vida diária.


    09/2010 Terapia Ocupacional 


    01/2011 Terapia Ocupacional 

    VIDEO DE RAFAEL YURI - AUTISTA

    Autismo infantil: Transtorno global do desenvolvimento caracterizado por: a) um desenvolvimento anormal ou alterado, manifestado antes da idade de três anos, e b) apresentando uma perturbação característica do funcionamento em cada um dos três domínios seguintes: interações sociais, comunicação, comportamento focalizado e repetitivo. Além disso, o transtorno se acompanha comumente de numerosas outras manifestações inespecíficas, por exemplo: fobias, perturbações de sono ou da alimentação, crises de birra ou agressividade (auto-agressividade).

    Rafael Yuri jogando bola 1º semestre 2011


    Rafael Yuri na bicileta 1º semestre 2011