quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Autismo nos EUA cresce 77% em 12 anos

O número de crianças com autismo aumentou 77% nos últimos 12 anos, nos Estados Unidos. Uma em cada 88 crianças tem um distúrbio que afeta a capacidade de comunicação e de estabelecer relações sociais. O aumento é explicado em parte pela deteção mais eficaz da síndrome, mas os especialistas dizem que isso não explica tudo e que para já não têm respostas.

Ao longo dos anos, os investigadores descobriram muitos genes relacionados com o distúrbio que afeta o desenvolvimento normal da inteligência, mas o papel da genética no problema é só parte da equação. Nos Estados Unidos são hoje mais de um milhão as crianças autistas, uma verdadeira epidemia dizem vozes da comunidade científica que tenta encontrar explicações.

É importante diagnosticar o autismo o mais cedo possível para iniciar a terapia adequada. O rastreio deve ser feito a partir do ano e meio de idade, até aos dois anos o mais tardar. E esta é uma regra que deve ser aplicada a todas as crianças, mesmo que não apresentem sinais de autismo, aconselham os especialistas.

Medicamento oral reverte sintomas de desordem relacionada ao autismo


Medicamento-oral-reverte-sintomas-de-desordem-relacionada-ao-autis Cientistas dos EUA descobriram que um fármaco oral originalmente aplicado no tratamento do cancro é capaz de reverter um transtorno do espectro autista caracterizado por comprometimento cognitivo grave, avança o portal ISaúde. Os resultados, divulgados no Journal of Clinical Investigation, revelam que ratinhos tratados com o medicamento Cyclocreatina apresentaram melhoria nas funções cognitivas, incluindo o reconhecimento de objectos novos, aprendizagem espacial e memória. A desordem, a deficiência de transportador de creatina (DTC) é causada por uma mutação na proteína transportadora de creatina que resulta no metabolismo deficiente de energia no cérebro. Ligada ao cromossoma X, ela afecta os rapazes mais severamente, as mulheres são portadoras e passam os genes aos filhos. Os cérebros de rapazes com CTD não funcionam normalmente, resultando em deficits graves de fala, atraso no desenvolvimento, convulsões e atraso mental profundo. Estima-se que actualmente a condição afecte cerca de 50 mil homens nos EUA. A equipa, liderada por Joe Clark da Universidade de Cincinnati descobriu um método para trata a condição com Cyclocreatina, também conhecida como Cincy, um análogo da creatina originalmente desenvolvido como um complemento ao tratamento do cancro. Eles então trataram ratos geneticamente modificados com a doença humana. "Cincy entrou com sucesso no cérebro e inverteu os sintomas de retardo mental nos ratinhos, com benefícios observados após nove semanas de tratamento. Ratos tratados apresentaram uma melhoria profunda nas habilidades cognitivas, incluindo o reconhecimento de objectos novos, a aprendizagem espacial e a memória sem nenhum efeito secundário", afirma Clark. Como um medicamento reutilizado (originalmente desenvolvido para outra terapia), Cincy já passou pelo processo de aprovação. Ele é tomada por via oral, em comprimido ou em pó.

04/07/2012 - 15:21 Fonte: http://www.rcmpharma.com/actualidade/medicamentos

Novo exame consegue identificar autismo em 10 minutos


Em apenas 10 minutos já é possível dizer se uma criança tem autismo, graças a um novo exame desenvolvido por cientistas americanos. O teste, que usa um aparelho de ressonância magnética comum, possibilita um diagnóstico cada vez mais precoce. A expectativa é que ele esteja disponível nos hospitais em cinco anos. A um custo de 266 reais por paciente, o método apresenta uma precisão de 95%. Mostrando como diferentes partes do cérebro se comunicam, ele deve substituir a exaustiva série de exames tradicionais a que psicólogos, psiquiatras e neurologistas submetem as crianças atualmente - e que mesmo assim podem levar anos para chegar a uma conclusão. Pessoas autistas têm conexões mais fracas entre diferentes partes do cérebro, o que resulta em lentidão no aprendizado e problemas de comunicação e comportamento. O exame desenvolvido em Harvard mostra como moléculas de água viajam pelas conexões cerebrais. Com esse dado, os médicos são capazes de dizer se o paciente tem um cérebro autista ou não. Eficiência - Os pesquisadores afirmam que ainda é preciso realizar mais testes para comprovar se o exame é realmente eficiente, mas estão otimistas. Em exames com 60 pessoas, entre sete e 26 anos, a eficiência foi de 95%. "O paciente mais jovem que testamos tinha 7 anos, mas estamos realizando testes em crianças de três”, diz Nicholas Lange, da Harvard Medical School. Além da rapidez no diagnóstico, o exame pode contribuir também para o tratamento que, conforme já se sabe, precisa começar o quanto antes para dar resultados satisfatórios. Atualmente, há um caso de autismo no mundo para cada grupo de 100 pessoas. Fonte: veja.com

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Araranguá e Região terão Escola Especial de Autistas



Araranguá e Região terão Escola Especial de Autistas
 
Data da publicação 23/08/2012 | Hora da publicação 15:15:33.

Araranguá e Região terão Escola Especial de Autistas



Araranguá - Com o principal objetivo de garantir atendimento especializado e específico para pessoas com Transtorno Global do Desenvolvimento (Autismo) de Araranguá e Região, um grupo formado por pais e mães de crianças com a síndrome está fundando a Associação de Amigos de Autistas do Vale do Araranguá - AMAA.
 
Em reunião no gabinete da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Regional de Araranguá na última quarta-feira, as idealizadoras e fundadoras da Associação, Marcia Maria Smielevski, Sabrina Matos e Maria Helena Rodrigues Amaral, expuseram a importância da criação de um centro de atendimento específico para os Autistas.
 
Elas explicaram ao secretário Regional, Heriberto Schmidt, ao Diretor geral da SDR, Agenor Biava, e à integradora de educação especial e diversidade, Marione Silveira Coelho, que a estatística demonstra que uma em 110 crianças no Brasil é autista. Um estudo preliminar das fundadoras da Associação indica que na Região do Vale de Araranguá há mais de 30 crianças com Autismo. Por isso, os pais dessas crianças estão buscando parcerias e o credenciamento junto ao Conselho Estadual de Educação para abertura do Centro de Atendimento Especializado. Um terreno de 2 mil metros quadrados para a edificação da sede foi doado pelo pai de um aluno e fica localizado no Bairro Coloninha.
 
O secretário Regional Heriberto Schmidt enalteceu a iniciativa do grupo. "Quanto mais tempo a criança com autismo fica sem ajuda, mais difícil será a sua inclusão. Esta é uma iniciativa nobre, que irá ajudar muitas famílias. A Secretaria Regional será parceira da Associação", disse. "Conhecer a fundo uma pessoa com autismo pode trazer um aprendizado especial para nossas vidas. Assim como um diamante precisa ser lapidado para brilhar, uma pessoa com autismo merece e deve ser acolhida, cuidada e estimulada a se desenvolver. Uma pessoa com autismo sente, olha e percebe o mundo de maneira muito diferente da nossa. Pais, professores, profissionais e sociedade como um todo precisam mergulhar em seu universo particular e perceber o mundo da mesma forma que a autista vê. Os resultados dessa empreitada são surpreendentes e transformadores", concluiram.
 

 

Informações de Leneza P. Della

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Divulgue e participe dos eventos pelo Dia do Orgulho Autista de 2012:


 
Movimento Orgulho Autista Brasil
Informa e convida
Para os eventos alusivos ao
Dia do Orgulho Autista
Em sua 8ª Edição
 
-BLITZ DO AUTISMO
Dia 15/06/2012 (sexta-feira)-9 às 11 horas na rodovia BR040, Km 01– próximo da entrada de Santa Maria, em frente ao posto da Polícia Rodoviária Federal.
 
-DESABAFO AUTISTA  E ASPERGER
Dia 16/06/2012 (sábado)-14 às 17 horas na APAE-DF - SEPN 711/911, Conjunto E- Asa Norte, entrada pela W4.
 
-SESSÃO SOLENE
Dia 18/06/2012 (segunda-feira)-15 horas na Câmara Legislativa do Distrito Federal – Praça Municipal, quadra 2, lote 5 – Setor de Industrias Gráficas – confirmar presença pelos telefones (61)3348-8195/(61)3348-8196.
 
        -VII PRÊMIO ORGULHO AUTISTA
Dia 20/06/2012 (quarta-feira)-10 às 12 horas, Rádio Nacional AM 980 KHz, Entrega do VII Prêmio Orgulho Autista, no programa Cotidiano da radialista Luiza Inês .
 
-AUDIÊNCIA PÚBLICA
Dia 21/06/2012 (quinta-feira)-9 horas na Câmara Federal – Plenário 9- Palácio do Congresso Nacional – Praça dos Três Poderes – confirmar presença na Comissão de Direitos Humanos com a sra. Clotildes pelo telefone (61)3216-6573.
 
Compareça e divulgue estes e todos os outros eventos que ocorrerão em diversas cidades brasileiras e do mundo, em prol das pessoas Autistas e suas famílias!
 
LEMBRE-SE: O AUTISMO PRECISA DO SEU APOIO!
 
(61)99018192
www.orgulhoautistabrasil.org.br


terça-feira, 29 de maio de 2012

Teste pode indicar autismo em crianças de 6 meses

Um novo estudo descobriu um fator que pode indicar se uma criança com alto risco genético vai desenvolver autismo.
A pesquisa foi realizada por Rebecca Landa, do Center de Autismo e Distúrbios Relacionados do Instituto Kennedy Krieger, em Baltimore, EUA. Pesquisadores da Escola Médica de Harvard (EUA) e do Hospital Geral de Massachusetts (EUA) também contribuíram para o estudo.
O autismo é uma condição difícil de ser diagnosticada. Atualmente, não é possível dizer se uma criança é autista até que ela tenha pelo menos 3 anos.
Agora, um novo fator que pode ajudar a prever se uma criança será autista foi descoberto por Landa: observar o controle motor de bebês de 6 meses, da cabeça e do pescoço. Se esse controle for fraco, as chances da criança ser autista são de 90%.
Mas isso só funciona para crianças com alto risco de autismo, que tem um irmão autista, por exemplo (histórico familiar). Esse foi o critério usado no estudo, que analisou 40 crianças com alto risco para alguma condição do espectro do autismo porque tinham um irmão com a doença.
Os bebês foram testados com 6, 14, 24, 30 e 36 meses. 90% das crianças diagnosticadas com autismo aos 36 meses (3 anos) exibiram pouco controle motor da cabeça mais novas.
O teste é o seguinte: o bebê é colocado sentado, e deve manter o alinhamento da cabeça enquanto é cuidadosamente, mas firmemente puxado pelos braços. O teste pode revelar uma falta de controle postural que é normalmente alcançado aos 4 meses de idade.
“A investigação destinada a melhorar a detecção precoce do autismo foi amplamente focada na medição do desenvolvimento social e de comunicação. No entanto, a interrupção do desenvolvimento motor precoce também pode fornecer pistas importantes sobre transtornos de desenvolvimento como o autismo”, explicou Landa.
A pesquisadora sugere que a avaliação de habilidades motoras seja incorporada a outras avaliações comportamentais para apontar sinais precoces do autismo, ou até mesmo, mais amplamente, atrasos no desenvolvimento social ou de linguagem.
Um outro estudo já havia indicado um possível teste para detectar o autismo precocemente, através da voz das crianças. Um dispositivo grava a voz da criança por um dia. A fala precoce de crianças com autismo, em particular a forma como eles pronunciam as sílabas das palavras, são distintas das outras crianças, coisa que o sistema pode perceber. Segundo cientistas, o aparelho tem precisão de 86%.
Outros riscos para autismoHistórico familiar (ter um parente com autismo) aumenta as chances de uma criança ser autista. Além disso, outros estudos indicaram outros riscos de autismo. Por exemplo, cientistas da Universidade de Cambridge, Reino Unido, estão analisando uma teoria que afirma que pais inteligentes têm mais chances de ter filhos autistas.
Também, o autismo é quatro vezes mais comum em homens do que em mulheres. Segundo pesquisadores, isso tem a ver com hormônios. A testosterona e o estrogênio têm efeitos opostos sobre um gene apelidado de RORA. Nos neurônios, a testosterona diminui a capacidade das células de expressar ou se ligar ao gene, e pessoas com autismo apresentam níveis mais baixos de RORA do que as pessoas sem a condição.
Além disso, uma pesquisa indicou que crianças cujas mães tomam Zoloft, Prozac e outros antidepressivos similares durante a gravidez são duas vezes mais propensas a desenvolver autismo ou um distúrbio relacionado.
Bebês extraordinariamente pequenos quando nascem também têm mais chances do que a média de desenvolver um transtorno do espectro do autismo mais tarde na vida.[LiveScience]



FONTE: http://hypescience.com/teste-pode-indicar-autismo-em-criancas-de-6-meses/

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Como ser Amigo de Alguém com Autismo/Asperger


Como ser Amigo de Alguém com Autismo/Asperger
Muitas pessoas acreditam que a pessoa com autismo e síndrome de asperger são pessoas que não gostam de se socializarem, um grande erro. O que eles precisam na maioria das vezes são de pessoas que o conheçam verdadeiramente. Segue algumas dicas para você que conhece, gosta, mas sente dificuldade de estabelecer um vínculo e para você que não conhece, fic...a a dica para quando tiver esse prazer!!


o Tome a iniciativa para incluí-lo (a) - Seu amigo pode querer
desesperadamente ser incluído e pode não saber como pedir isto. Seja
específico sobre o que você quer que ele faça
o Encontre Interesses Comuns - Será muito mais fácil se você falar ou
compartilhar algo que vocês gostem (filmes, esportes,música, livros, TV,
shows, etc.).
Seja Persistente e Paciente - Lembre-se que seu amigo com autismo pode
precisar de mais tempo para responder do que outra pessoa. Isso não
significa que ele não esteja interessado.
o Comunique-se Claramente - Falar a uma velocidade e volume razoáveis.
Usar pequenas frases também pode ser útil . Use gestos, figuras, expressões
faciais para ajudar a se comunicar. Fale literalmente - não use figuras que
confundam. Ele pode responder sinceramente "o céu" quando você pergunta
"Está tudo em cima?"
Proporcione a ele bons momentos - Estimule-o a experimentar coisas novas porque às vezes ele pode ter medo de
tentar coisas novas.
o Proteja-o (a) - Se você vir alguém molestando ou intimidando o amigo com
autismo, proteja-o e diga à pessoa que isso não é legal.
o Lembre-se da Sensibilidade Sensorial - Seu amigo pode ficar muito
desconfortável em situações ou lugares (cheios, barulhentos, etc..) Pergunte
se ele está bem. Às vezes seu amigo precisa de uma pausa.
o Dê a ele um Retorno - Se seu amigo com autismo está fazendo algo
inapropriado, diga a ele gentilmente. Esteja certo de dizer também quando ele
faz algo certo porque ele pode não saber.
Não o infantilize - Trate-o como alguém e fale com ele como se fosse outro de seus amigos Não seja
demasiado formal e não fale com ele como se ele fosse um garotinh
Informe-se - sobre a sua deficiência. Leia algumas coisas na internet ou peça a
um professor ou um orientador sobre os livros
Respeite-o - Não o ignore mesmo se você acha que ele não percebe você
o Não tenha Medo - Seu amigo é uma pessoa qualquer que precisa apenas de uma
ajudazinha. Aceitar estas diferenças e respeitar suas dificuldades como você
gostaria que fizessem com qualquer outro
amigo.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Falta de sociabilidade está ligada a alteração genética, diz estudo


Uma pesquisa brasileira identificou uma alteração genética que pode ser a responsável pela dificuldade que os autistas têm na interação social. O conhecimento mais detalhado do mecanismo genético do problema leva à esperança de novos tratamentos no futuro.
As equipes de Alysson Muotri, brasileiro que trabalha na Universidade da Califórnia, em San Diego, nos EUA, e Maria Rita dos Passos Bueno, na Universidade de São Paulo (USP) descobriram uma translocação, um tipo de anomalia no material genético.
Parte dos genes que normalmente ficam no cromossomo 3 trocam de lugar com os do cromossomo 11. Nos casos estudados, essa mudança acontece tanto com os portadores da síndrome de Rett – que é provocada por uma mutação em um gene específico e traz outros sintomas, como danos às funções motoras – quanto nos que têm autismo clássico – uma forma em que as crianças têm dificuldades de socialização, mas não há uma mutação genética definida que o cause.
“Como a gente vê que [as alterações genéticas] estão tanto na síndrome de Rett quanto no autismo clássico, possivelmente essas alterações não estão envolvidas com a parte motora, mas estão envolvidas com a parte social e de linguagem”, explicou Alysson Muotri, que também é colunista do G1.
Tanto a síndrome de Rett quanto o autismo clássico fazem parte das doenças do espectro autista. São vários males diferentes que provocam dificuldades no aprendizado da linguagem e da interação social, que variam em relação à intensidade, entre outros fatores.
Síndrome de Williams
Para confirmar a descoberta, os pesquisadores estão comparando os autistas a portadores da síndrome de Williams. Esse distúrbio é, de certa forma, o contrário do autismo, pois os pacientes são pessoas “supersociais”.
“Tem alguma coisa no cérebro deles que os atrai aos estranhos. É o grande problema social que eles têm, porque são fáceis de enganar e acabam se metendo em encrenca”, resumiu Muotri, sobre a síndrome de Williams.
Os dados iniciais mostram que as síndromes são opostas também na genética. “A síndrome de Williams é uma deleção que remove tipo 25 genes do genoma; se você duplica essa região, você tem o autismo, se você tira essa região, tem síndrome de Williams”, afirmou.
Os dados apresentados no congresso “Avanços na Pesquisa e no Tratamento do Comportamento Autista”, da Escola São Paulo de Ciência Avançada (ESPCA) ainda são preliminares.
Muotri disse que a pesquisa está em fase de confirmação antes de ser publicada em alguma revista científica. “A gente fez com alguns pacientes e tem que fazer com mais alguns para ter mais certeza”, contou.
 

Autismo nos EUA cresce 77% em 12 anos

O número de crianças com autismo aumentou 77% nos últimos 12 anos, nos Estados Unidos. Uma em cada 88 crianças tem um distúrbio que afeta a capacidade de comunicação e de estabelecer relações sociais. O aumento é explicado em parte pela deteção mais eficaz da síndrome, mas os especialistas dizem que isso não explica tudo e que para já não têm respostas.

Ao longo dos anos, os investigadores descobriram muitos genes relacionados com o distúrbio que afeta o desenvolvimento normal da inteligência, mas o papel da genética no problema é só parte da equação. Nos Estados Unidos são hoje mais de um milhão as crianças autistas, uma verdadeira epidemia dizem vozes da comunidade científica que tenta encontrar explicações.

É importante diagnosticar o autismo o mais cedo possível para iniciar a terapia adequada. O rastreio deve ser feito a partir do ano e meio de idade, até aos dois anos o mais tardar. E esta é uma regra que deve ser aplicada a todas as crianças, mesmo que não apresentem sinais de autismo, aconselham os especialistas.


Fonte: http://www.tvi24.iol.pt/internacional/autismo-eua-autista-autistas-tvi24/1337499-4073.html

Casa da Esperança é referência no tratamento Autismo


A Casa da Esperança atende cerca de 400 autistas, que lá recebem acompanhamento multidisciplinarUm distúrbio que se manifesta precocemente e afeta as habilidades de comunicação, comportamento e interação social. Resumidamente, essa é a descrição do autismo, que, segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), atinge em média uma em cada 100 pessoas nascidas no mundo. Apesar de ser cada vez mais estudado, o distúrbio é pouco conhecido pela sociedade. O que muitos também não sabem é que em Fortaleza se localiza uma entidade que é referência nacional no tratamento de autistas: a Casa da Esperança, no bairro Água Fria.

Com a proximidade do Dia Mundial de Consciência sobre o Autismo (2 de abril), a instituição está realizando atividades no intuito de difundir o conhecimento sobre o assunto e diminuir o preconceito ainda existente. “O principal objetivo é trazer conscientização, para que as pessoas saibam o que é autismo. Existem muitas coisas maravilhosas que eles (autistas) são capazes de entregar para a sociedade”, diz o presidente da casa, Alexandre Costa e Silva.

A instituição foi fundada em 1993 pela médica Fátima Dourado, atual diretora clínica da entidade e mãe de filhos autistas. Atualmente, o lugar atende cerca de 400 autistas, que lá recebem acompanhamento multidisciplinar. “Nossa tentativa é cobrir todos os problemas relativos ao autismo”, explica Alexandre Costa e Silva.

Uma vez diagnosticados, os pacientes são encaminhados para um dos quatro programas de tratamento. Na intervenção precoce, são atendidas crianças com suspeita de autismo, a fim de acompanhar o crescimento e minimizar os problemas. No programa educacional, o objetivo é trabalhar a relação entre o paciente e sua escola.

O terceiro grupo é formado principalmente por adolescentes, com grau de autismo mais avançado. Nesse caso, o tratamento é baseado especialmente em terapias ocupacionais. Já o quarto programa incentiva a inserção no mercado de trabalho, descobrindo as habilidades dos pacientes e encaminhando-os para empresas públicas e privadas. Há também acompanhamento com as famílias.

Comportamento
Há oito anos, a dona de casa Maria das Graças traz o filho de 22 anos diariamente à Casa da Esperança e diz que o comportamento e a interação dele com as pessoas melhoraram bastante. De fato, o jovem Daniel Andrade é cativante. Ele se diz fã de televisão e demonstra um conhecimento impressionante sobre teledramaturgia. Diz que gostaria de fazer um remake da novela Terra Nostra, colocando seus personagens preferidos. E não para por aí: “Aprendi aqui inglês, português e matemática”, cita. 


Fonte:http://www.opovo.com.br/app/opovo/fortaleza/2012/03/31/noticiasjornalfortaleza,2812380/casa-da-esperanca-e-referencia-no-tratamento.shtml

Três novos estudos fora publicados nos Estados Unidos pela revista especializada Nature.
Rio de Janeiro — Os pais têm quatro vezes mais chance que as mães de transmitir aos filhos genes com alterações que poderão resultar no desenvolvimento de autismo, e, quanto mais velhos são, maior o risco. Além disso, a área do cérebro onde ocorrem as falhas genéticas podem elevar o risco de surgimento desta disfunção — que pode ser causada por centenas ou até milhares de genes. Estas foram algumas das descobertas de três novos estudos americanos, que analisaram, ao todo, o genoma de 549 famílias, e cujos resultados foram publicados pela revista especializada “Nature”.
No estudo liderado por Evan Eichler, da Universidade de Washington, foram analisados os DNAs de 209 crianças autistas e seus pais. Em alguns casos, estudou-se também o genoma de irmãos que não apresentavam o problema. Os cientistas queriam saber se as falhas genéticas espontâneas que elevam o risco de autismo se originavam nas células sexuais masculinas ou femininas. Descobriram que as mutações ocorriam quatro vezes mais nos espermatozoides, e que, nos homens mais velhos, as alterações eram mais frequentes.
Uma provável razão para isso, segundo Joseph Buxbaum, diretor do Centro de Autismo Seaver e da Escola de Medicina Monte Sinai, em Nova York, é que o homem produz esperma todos os dias, o que eleva a chance de ocorrerem erros no código genético que podem ser transmitidos a seus descendentes.
— Isto nos mostra que a produção de esperma é um processo imperfeito, e basicamente conduzido pela idade do pai, o que faz sentido. À medida em que você envelhece, há mais e mais probabilidade de surgirem problemas — disse Buxbaum à agência Reuters.
Ainda segundo o especialista, esta constatação comprova outras pesquisas segundo as quais homens mais velhos têm maior risco de gerar uma criança que desenvolverá autismo.
Os outros estudos foram conduzidos por Mark Daly, do Instituto Broad, de Havard, e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, e Matthew State, codiretor do Programa de Neurogenética da Universidade de Yale. Juntos, os três trabalhos identificaram algumas centenas de genes suspeitos.
As descobertas mostraram ainda que mutações ocorridas na parte do DNA onde as proteínas são programadas teriam um papel importante na desordem: nestes casos, o risco de desenvolver autismo é elevado entre cinco e 20 vezes. Erros genéticos podem ocorrer em qualquer área, mas causam problemas mais graves quando afetam partes do genoma necessárias ao desenvolvimento do cérebro.
— Estes resultados mostram que não é o tamanho da anomalia genética que define o risco, mas sim sua localização — afirmou ao jornal britânico “The Telegraph” Thomas Insel, diretor do Instituto Nacional de Saúde Mental americano, um dos Institutos Nacionais de Saúde, que financiou um dos trabalhos.
Muitos dos pesquisadores integram o Sequenciamento Colaborativo do Autismo, o maior projeto dedicado a usar esta tecnologia para identificar os pilares genéticos do problema. O autismo engloba um amplo espectro de desordens, que vão de profunda inabilidade para se comunicar e retardo mental a sintomas relativamente leves, como na Síndrome de Asperger.
Nos Estados Unidos, uma em cada 88 crianças têm autismo, segundo estimativa dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças. No Brasil, não existem dados oficiais, segundo a neuropsicóloga Roberta de Sousa Marcello, especializada em saúde mental e desenvolvimento pela Santa Casa de Misericórdia, em terapia cognitivo-comportamental pela Uerj e coordenadora do Instituto Priorit, que atende crianças com esta condição. Mas, estudos estão em desenvolvimento, e acredita-se que, de cada 100 ou 150 nascidos, um desenvolva autismo. Embora os cientistas acreditem que a causa da desordem é entre 80% e 90% relacionada a falhas genéticas, na maioria dos casos não é possível traçar uma causa hereditária.
Estudos anteriores já haviam mostrado que dezenas de genes poderiam elevar o risco de autismo. Mas as causas genéticas explicam apenas 10% dos casos, e trabalhos recentes, a exemplo do realizado agora pela Universidade de Washington, mostram que fatores ambientais, surgidos provavelmente durante a concepção, também são um potencial gatilho para a disfunção.
— Os fatores causais estão sendo bem estudados ultimamente. Quando falamos de genética, falamos de causas hereditárias e não hereditárias em que o ambiente e situações relacionadas podem interferir e causar mutações genéticas em fases cruciais do desenvolvimento do indivíduo, desde sua gestação até a primeira infância — explica Roberta. — Alguns fatores que podem estar relacionados ao autismo são idade dos pais, infecções, uso de substâncias tóxicas e medicações inadequadas durante a gestação, estresse intenso e prematuridade. Qualquer fator que afetar o desenvolvimento e o amadurecimento do sistema nervoso pode predispor o quadro.
Joseph Buxbaum diz que os resultados dos novos estudos combinados sugerem que entre 600 e 1.200 genes podem elevar o risco de desenvolvimento de autismo. A estratégia, daqui para a frente, é identificar as redes em que eles interagem no cérebro, para, a partir destas informações, desenvolver novos tratamentos:
— Temos agora uma boa noção do grande número de genes envolvidos no autismo.
Para os pesquisadores que participaram dos trabalhos, eles apenas arranham a superfície do que ainda será preciso descobrir para entender as causas genéticas do autismo. Mas a abordagem baseada no sequenciamento das mudanças que ocorrem na região onde os genes codificam as proteínas parece ser a melhor alternativa no momento.
— Antes do advento da tecnologia de sequenciamento do DNA, procurávamos no escuro pelos genes do autismo — diz Matthew State, da Univerisdade de Yale. — Agora, temos uma ideia clara do quadro genético e finalmente contamos com ferramentas para encontrar uma grande quantidade dos muitos genes que contribuem para o autismo.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Professor Cria Programa de Inclusão Miami


Alexandre Lopes com as crianças do programa de inclusão que criou na escola Carol City Elementary, em Miami. Foto de Carla Guarilha.
Um brasileiro está fazendo história nos EUA com um projeto de inclusão em escolas: Alexadre Lopes recebeu o prêmio de Melhor Professor do Ano de Miami-Dade.
Ele foi escolhido entre 24 mil professores de todas as escolas públicas do condado.  O processo de seleção é longo e incorpora diversos aspectos do professor, fora e dentro da sala de aula, desde o seu método de ensino à filosofia e politica educacional.
“É um orgulho, uma honra muito, muito grande deles terem escolhido neste país um brasileiro nascido e criado no Brasil”, diz ele.   “Foi um processo intenso de seleção.  “Não foi só pré-escola, não foi só no departamento de crianças especiais, não foi só entre os latinos.  Eu competi em termos de igualdade com todos os professores daqui”.
Lopes ganhou um Toyota novinho, US$5.500 e uma bolsa de estudos na Nova University – que ele abriu mão pois já está cursando o doutorado na Florida International University.
Lopes com seu novo Toyota. Foto de Carla Guarilha.
Mas para ele, o mais importante foi receber o troféu, que simboliza o reconhecimento do seu trabalho. E as homenagens não param. Hoje, Alexandre vai receber uma homenagem de Bárbara J. Jordan, representante de um dos condados de Miami-Dade.
Troféu de Melhor Professor do Ano. Cortesia Alexandre Lopes.
Alexandre Lopes na sala de aula. Foto de Carla Guarilha.
“Levou um bom tempo para conseguir o respeito pelo que eu faço, e acho que foi muito importante ganhar esse titulo, não só por mim mas, por todos os outros professores que trabalham na pré-escola”, diz Lopes emocionado.
Hoje aos 43 anos, o carioca é, agora, o porta-voz de educação de todo o condado de Miami-Dade. O próximo passo é o prêmio estadual com mais 71 concorrentes.  Se ganhar, entra como finalista ao prêmio nacional, que será anunciado no inicio de 2013.
Seu programa de inclusão é composto de dois grupos diários de 12 crianças, de 3 a 5 anos – um de manhã e outro no inicio da tarde. Em cada grupo, há oito que exibem desenvolvimento regular da idade e quatro com algum tipo de desordem que compromete o desenvolvimento, como, por exemplo, o autismo.
“As crianças com autismo estão integradas a um ambiente onde elas tem a capacidade de interagir socialmente com crianças fora do espectro autista”, diz ele. “É uma sala de aula normal, onde temos alunos com autismo e alunos sem autismo.  Não são diferenciados em absolutamente nada”.
Lopes com um dos alunos. Foto de Carla Guarilha.
Numa rotina extremamente bem estruturada, Lopes, apaixonado pela música – e um estudioso de piano desde cedo, usa a sonoridade e a melodia como técnicas de ensino – na comunicação, compreensão e aprendizado de palavras e respeito mútuo.
Na hora que entram na sala de aula, as crianças dão as mãos e formam uma roda, cantando, “we are glad you are here.  Hello to you and me” (“estamos felizes por estarem aqui. Olá para você e para mim”), fazendo com que todos se sintam bem-vindos e unidos.  Lopes usa tambores e canções para ensinar conceitos, como tolerância e o controle emocional: “When you are mad, take a deep breath and relax” (“quando está bravo, respira fundo e relaxa”).  (Veja vídeo no fim da coluna.)
“O que enfatizamos aqui, que de repente não é tão enfatizado em outras salas de aula, — mas que na minha opinião deveria ser enfatizado em todos os lugares — é o ensino da interação social: como lidar com uma pessoa, pegar sua atenção, olhar no olho daquela pessoa, chamá-la pelo nome”, diz o carioca, que atribui parte do seu sucesso ao fato de ser brasileiro – não só pela sua musicalidade mas pela forma que se relaciona com as pessoas.
Foto de Carla Guarilha.
“Eu acho que faço com que cada um se sinta especial, e isso é importante”, diz ele.  “Eu acho que o brasileiro tem isso, quando quer, de realmente mostrar ao mundo do que ele é capaz”.
Lopes nunca se imaginou trabalhando na área de educação.  Nascido e criado em Petrópolis, o carioca se formou em comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e trabalhava em companhias aéreas.  Sempre gostou muito de viajar, e em 1995, se mudou para Miami.  Aqui, como comissário de bordo, na época pela United Airlines, fazia rotas para a América Latina e servia como intérprete de português e espanhol.  Com os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, as companhias aéreas tiveram muitos problemas financeiros, e a United ofereceu um pacote de benefícios para quem se afastasse.  Lopes aceitou imediatamente, e retomou os estudos.  Validou em Miami seu diploma do Brasil e começou mestrado em “Educação Especial” na Universidade de Miami, com foco em crianças autistas, rumo a um trabalho sério que, está rendendo frutos.
DICA:  Alexandre adora correr ao ar livre e comer asinhas de frango no Wilton Wings em Fort Lauderdale, favorito dos locais.  Telefone: 954-462-9696.  Endereço: 1428 NE 4 Ave., Fort Lauderdale, FL  33304.
Assista ao video de Alexandre Lopes com um de seus grupos de inclusão: