sábado, 17 de dezembro de 2011

Escola para Autista em Rio Grande


Você sabia que Rio Grande é a primeira cidade no Estado a ter uma escola pública dedicada ao ensino de alunos autistas? Se não sabia, não sinta-se desinformado, você não é o único. Muitos no Município ainda desconhecem até sobre o que se trata esse transtorno. Essa falta de informação e também a necessidade de centralizar o tratamento das pessoas que precisam dele em um só local motivou a Associação de Pais e Amigos dos Autistas do Rio Grande (Amar) a realizar uma campanha no Município.
O presidente da associação, Nei Carlos Antonio Rodrigues, é pai de uma aluna da escola, e busca para o Município a construção de um Centro de Tratamento Multidisciplinar, para atender portadores do autismo e transtornos relacionados, de uma forma completa e direcionada.
A ideia é centralizar em um só local o atendimento com neurologista, psiquiatra, psicólogo, dentista, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, assistente social, entre outros. Conforme Rodrigues, o objetivo é de que se tenha um centro nos mesmo moldes do “Centro de Reabilitação Neurológico de Pelotas” (Cerenepe), que atende pessoas portadoras de necessidades especiais.
“Quem tem um filho autista sabe a dificuldade que é levá-lo para realizar um atendimento em postos de saúde ou consultório. Qualquer atividade que saia fora da rotina deles causa uma reação. Eles não têm paciência de esperar em uma fila. E as pessoas que estão no local geralmente não entendem isso, ficam com medo, enfim”, explica ele. Com isso, segundo ele, muitos pais acabam deixando os filhos sem o tratamento necessário, o que agrava o desenvolvimento da pessoa. 
Inicialmente, a campanha visava a angariar recursos para a construção desse centro. Para isso, a Amar criou uma equipe de telemarketing, que se comunica com a comunidade buscando contribuições. No entanto, grande parte das pessoas não sabe do que se trata o autismo. “Há pessoas que confundem com artistas, e acham que estão contribuindo com uma instituição de artistas”, conta Rodrigues.
Por isso, a luta agora é também para que as pessoas conheçam o problema. Segundo o presidente da associação, pesquisas recentes apontam que há cerca de um milhão de brasileiros com algum transtorno relacionado ao autismo, no entanto, não há dados de quantos realizam efetivamente o tratamento.

O que é autismo?
O autismo é um transtorno invasivo do desenvolvimento que afeta a comunicação, a interpretação e o convívio social. Caracteriza-se também por comportamentos e interesses restritos, repetitivos e estereotipados, que se manifestam antes dos três anos de idade. Entre os sintomas que identificam o transtorno há a resistência a estar entre um grupo de pessoas, comportam-se como se fossem surdos, não sentem medo em uma situação de perigo, evitam olhar para frente, riem-se sem motivo aparente, há resistência a novos aprendizados, indicam as necessidades através de gestos, comportam-se indiferente, isolado-se e retraído-se, entre outros. O diagnóstico é feito a partir da observação do comportamento da criança e envolve diversos profissionais como psiquiatras, psicólogos, neurologistas e geneticistas.

Em Rio Grande
No Município, a Amar atua há 22 anos desenvolvendo programas de amparo, auxílio, adaptação, reabilitação e integração do autista e de seus familiares. Além da associação, há também a Escola de Educação Especial Maria Lúcia Luzzardi exclusiva para atender pessoas com distúrbio de desenvolvimento e que aplica o método Teacch, Tratamento e Educação para Autistas e Crianças com Déficits Relacionados à Comunicação. Atualmente a escola conta com 72 alunos, mas há uma fila de espera.
A partir de 2012, a Amar e a escola passarão a contar também com um Centro de Convivência para os alunos da escola que já têm mais idade e com os quais as atividades da escola já não dão mais resultados. Nesse local, serão realizadas novas atividades, oficinas, entre outros. O centro ficará situado na Marechal Deodoro, próximo à escola, que se situa na Marechal Deodoro, 595.
A sede da Amar fica junto à escola. No local, são realizados, diariamente, de segunda à sexta-feira, das 14h às 17h, o Bazar Brechó, onde são comercializados artesanato e roupas. Quem tem interesse em ajudar a instituição pode entrar em contato com a associação pelo telefone 3233.1294. 
Por Melina Brum Cezar
melina@jornalagora.com.br

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Escovando os dentes de seu filho com espectro autista

Algumas crianças com espectro autista (TEA) tem uma hipersensibilidade oral o que pode ser angustiante e estressante a escovação dos dentes.
- Respeite o tempo que seu filho para escovação dos dentes, aumente esse tempo aos poucos gradativamente, acredite que ele pode aumentar sua capacidade e suas habilidades desempenho ocupacional.
- trabalhar ANTECIPAÇÃO e compreensão das situações através de recursos visuais (foto da criança escovando os dentes, etapas da escovação, ou através de recursos auditivos frases curtas e simples) .Outra dica organização do tempo( planejamento e sequência de ações). Por exemplo depois do almoço (uso de imagem visual) "o que vai fazer?" escovar os dentes (outra imagem visual),todos os dias.
- Deixe que ele assista você escovando os dentes, muitas crianças nunca viram os pais com a escova na boca e não entendem porque tem que escovar. Coloque uma escova na mão dele e fique com a outra. Fácil, não é? Eu sei que não é fácil mas precisa tentar, tentar e tentar.
- Brinque de escovar, cante, comemore, bata palmas. (Reforço positivo)

-Pode fazer isso sentado no chão em frente a um espelho ou na cadeira

- Divida a escovação em 4 momentos : cada lado de uma vez, direito, esquerdo, superior e inferior. Dessa maneira ele e você não ficarão tão estressados. É simples, se ele agüenta ficar com a escova na boca por 3 segundos, então escove bem apenas 1 dente e em outro momento aproveite aqueles 3 segundos para escovar muito bem um outro dente e assim sucessivamente. Pode acreditar que aos poucos ele irá acostumar com o processo e esse tempo de escovação vai aumentar. Não tenha pressa, cada criança tem um ritmo, o que importa é escovar.

- Escove o brinquedo ou personagem que ele mais gosta. Evite várias informações sensoriais.Neste situação, apenas um brinquedo e a escova de dente para evitar distração.

- Use escova macia ou em alguns casos vibratórias (depende da criança), faça movimentos circulares e sempre pasta sem flúor.
- a visita ao dentista tem que fazer parte da rotina de seu filho
- Não Force . Evitar comportamento estresse, angustia e agressividade.


 

Tratamento BIOMÉDICO passo-a-passo

Tratamento BIOMÉDICO passo-a-passo

Informações passadas na 1ª Conferência Internacional de Autismo do RJ:

1º PASSO: - DIETA
Nenhum pai q esteja interessado em seguir o protocolo biomédico estará apto a seguir os outros passos se seus filhos não forem postos em dieta adequada.
A dieta tem que ser SEM GLÚTEN, SEM CASEÍNA, SEM AÇÚCAR E SEM ADITIVOS QUÍMICOS.
Os aditivos químicos da alimentação moderna são verdadeiros venenos p/ nossas crianças q devido a alterações metabólicas não conseguem detoxicar (botar pra fora) essas substâncias, enfraquecendo o seu organismo e trazendo cada vez mais comportamentos autísticos. DÊ PREFERÊNCIA AOS ALIMENTOS ORGÂNICOS!
Mais informações sobre a dieta vocês podem encontrar no site http://autismoemfoco.googlepages.com/

Benefícios da dieta:

- Maior concentração;
- Melhoria linguagem expressiva e receptiva;
- Diminuição de sintomas gastrointestinais;
- Melhoria do contato visual e comunicação;
- Melhoria das sensibilidades (com diminuição da auto-agressão);
- Diminuição de estereotipias e hiperatividade.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Autistas chegam ao mercado de trabalho



Mão segurando carteira de trabalho
Um cenário impensável no passado. Na empresa dinamarquesa de testagem de softwares SpecialisterneSite externo., 80 dos 100 funcionários têm autismo. Uma das pioneiras na contratação de mão de obra autista, ela é um exemplo do grande avanço ocorrido nos últimos anos no universo das pessoas que convivem com esse transtorno. Com a melhor compreensão sobre a síndrome, os autistas têm deixado a clausura do espaço privado e ganhado o espaço público. “O autismo é um conjunto muito heterogêneo de condições que têm como ponto de contato os prejuízos nas áreas da comunicação, comportamento e interação social”, explica o neurologista Salomão Schwartzman. Se durante muito tempo se falou apenas dessas dificuldades, atualmente começam a ser discutidas as habilidades associadas e como isso pode ser aproveitado em diferentes profissões. Tanto que já há uma primeira geração a chegar ao mercado de trabalho. “Eles têm boa memória, uma mente muito bem estruturada, paixão por detalhes, bom faro para encontrar erros e perseverança para realizar atividades repetitivas”, disse à ISTOÉ o fundador da Specialisterne, Thorkil Sonne.
Sonne resolveu investir no filão após o nascimento do filho autista Lars, hoje com 14 anos. A aposta deu tão certo que a empresa abriu unidades na Islândia, Escócia e Suíça e tem servido de inspiração para outras iniciativas. O empresário calcula entre 15 e 20 os projetos inspirados na matriz dinamarquesa em todo o mundo. Um deles é a Aspiritech, nos Estados Unidos, que, desde o ano passado, funciona com 11 engenheiros autistas trabalhando no teste de softwares. “Desde a década de 80, pesquisas mostram que essas pessoas têm uma capacidade muito maior de perceber pequenos detalhes visuais”, falou à ISTOÉ Marc Lazar, da Aspiritech. “Em testes para medir essa habilidade, eles cumprem o desafio em 60% do tempo gasto pelos demais e com grande acurácia.”
Para se chegar à observação dessas qualidades foi preciso superar um erro de interpretação. “Por muito tempo, o autismo foi encarado como uma deficiência intelectual”, diz Adriana Kuperstein, diretora da Re-fazendo, assessoria educacional especial de Porto AlegreSite externo.. O que se percebeu posteriormente é que em apenas alguns casos há a associação com deficiências intelectuais. Muitos autistas têm o intelecto preservado, vários com inteligência superior à média, mas não conseguem interagir porque não sabem usar os canais normais de comunicação.
“É como um computador sem os softwares necessários para realizar determinada tarefa”, compara a psicóloga Alessandra Aronovich Vinic, que pesquisa autismo. Em seu consultório, ela aplica o método do treino das habilidades sociais. Seus pacientes aprendem, por exemplo, a reconhecer as feições relacionadas a sentimentos, como tristeza e alegria, ou a fixar o olhar no outro enquanto conversam. Pode parecer prosaico, mas faz toda a diferença para quem tem autismo. “As pessoas se comunicam visualmente o tempo todo”, fala Júlia Balducci de Oliveira, 23 anos. Para a jovem, não conseguir olhar nos olhos era uma fonte de angústia só superada com terapia. Formada em cinema, hoje Júlia trabalha na direção de um documentário sobre o autismo.
Atualmente se sabe que quadros mais discretos também se incluem no chamado espectro autista, com boas possibilidades de tratamento. “Mas há 30 anos somente pacientes muito graves eram diagnosticados”, explica Ricardo Halpern, da Sociedade Brasileira de Pediatria. “Eles eram internados, sedados e alijados do convívio social.” A delimitação desse grupo maior de pessoas aprimorou os métodos de tratamento. “As intervenções começaram a ser feitas mais precocemente, gerando maior inserção social”, disse à ISTOÉ o brasileiro Carlos Gadia, professor do departamento de neurologia da Universidade de Miami e diretor-médico da ONG Autismo&Realidade. Os principais beneficiados foram os pacientes de quadros mais leves.
Foi o caso da jovem Fernanda Raquel Nascimento, 18 anos. A terapia ajudou a jovem a vencer os obstáculos que encontrava para interagir. Também progressivamente ela transformou em profissão o que era uma de suas formas de comunicação, o desenho. Hoje ela comemora seus primeiros trabalhos de ilustração para a Livraria Saraiva, em São Paulo. “Com o dinheiro, quero cursar faculdade”, diz. A jovem ainda trabalha em casa, mas o objetivo é que passe a dar expediente no escritório. “Ela realiza um trabalho de alta qualidade e com um ótimo atendimento da demanda”, fala Jorge Saraiva, proprietário da rede de livrarias. Depois do contato com Fernanda, a empresa iniciou um plano para a contratação de pessoas com diferentes tipos de transtorno, entre eles, o autismo. Que se torne um cenário comum.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Acomodações Sensoriais para o ambiente domiciliar.

No mundo de opções terapêuticas para o autismo, integração sensorial e suas demandas é algo bem novo nos meus 20 anos já de estrada, mas que mudaram minha perspectiva de entendimento do autismo de ponta-cabeça e, consequentemente, as possibilidades de ajudar meu filho.

Acomodações sensoriais são estratégias que tomamos para facilitar o dia-a-dia da criança ou indivíduo com autismo para minimizar o impacto dos transtornos evidentes em seus sistemas sensoriais: tato, olfato, audição, visão, paladar, vestibular e proprioceptivo. Apesar dos distúrbios sensoriais serem evidentes, muitos pais e profissionais desconhecem em como podem ajudar.

Com as dicas de Patricia de usar uma mochila pesada para dá-lo mais consciência corporal, nossa vida mudou em 3 dias facilitando o dia-a-dia absurdamente!

Estas dicas são ótimas e fáceis de pôr em prática.

Do livro: Building Bridges Trough Sensory Integration.


- Ofereça lugares pequenos e aconchegantes para a criança como casinhas de boneca, cabanas, ou até mesmo caixas grandes. Um cantinho cheio de almofadas, um puff grande, colchão ou foutton também servem. Acomodação proprioceptiva.

- Use objetos como tapetes, cortinas e almofadas para absorver o ruído exterior e o eco. Acomodação auditiva.

- Diminua o estímulo visual e auditório para prevenir distrações. Acomodação visual e auditiva.

- Use timers para sinalizar o início e final de uma atividade. Acomodação de plano motor.

- Use coletes pesados, cobertores pesados, cobertas mais pesadas para oferecer momentos de tranquilidade e calma. Acomodação proprioceptiva.

- Dê atenção especial para a iluminação da casa com quantidade e intensidade adequada. Acomodação visual.

- Integre a criança nas atividades pesadas da casa: carregar as comprars, colocar o lixo pra fora, pendurar roupa no varal, guardar roupas, arrumar compras no armário, molhar plantas com um regador pesado. Acomodação proprioceptiva.

- Pendure uma rede ou balanço em algum lugar tranquilo da casa ou coloque um balanço no jardim. Acomodação vestibular.

- Um colchão d'água ou colchão de ar pode ser tranquilizante. Acomodação vestibular e proprioceptiva.

- Use cortinas grossas ou blackouts para diminuir a intensidade da luz natural ou artificial vinda do exterior da casa. Acomodação visual.

- Use abajoures ou luzes refletidas na parede se a iluminação for um grande problema. Acomodação visual.

- Pinte as paredes com cores suaves e evite muitos objetos ou quadros. Acomodação visual.

- Se a sua criança ao contrário, precisar de muito estímulo, pinte o seu quartos com cores claras e vibrantes e pendure alguns móbiles. Acomodação visual.

- Um saco de dormir ajuda a acalmar. Acomodação proprioceptiva.

- Crianças com ouvidos muito sensíveis devem ter seu quarto posicionado no local mais calmo da casa. Acomodação auditiva.

- Cuidado com sons altos de telefone, campainha, televisão e rádio. Acomodação auditiva.

- Minimize a bagunça visual guardando a maioria dos brinquedos em caixas. Acomodação visual.

- Tenha um armário específico para os brinquedos e organizados de forma fácil para você e ele! Acomodação visual.

- Use pistas visuais para ajudar no cumprimento de tarefas.

- Use uma agenda ou quadro de tarefas para informar o que vai acontecer a cada dia.

- Quebre a atividade em pequenos passos para facilitar o entendimento e dê tempo para que ela processe a informação. Ex: ao invés de dizer: pegue as roupas e coloque no cesto, dê a 1ª ordem e somente depois dela pegar as roupas é que você pede para colocá-las no cesto.

- Estabeleça rotinas e cumpra-as. Isto ajuda a criança a saber o que virá pela frente e a manterá calma. Quando é necessário haver quebra na rotina, avise-a antes e dê as pistas visuais.

- Prepare o dia da escola na noite anterior: separe a roupa, sapatos e lanche com antecedência para poupar tempo e evitar estresse.

- Se a sua criança não atende pelo nome, use o toque para ajudá-la.

- Sempre que possível use pistas visuais para tudo.

Aprecie a companhia um do outro!!!



http://claumarcelino.blogspot.com/2011/10/acomodacoes-sensoriais-para-o-ambiente.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+SinosDeVento+%28Sinos+de+Vento%29

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Esta Próxima a Cura do Autismo Graça a Deus



Compartilho com todos a felicidade de saber que Deus ouvio nossas preces, meu filho merece está possibilidade de cura e todos as crianças, igualmente, especiais do mundo também. Nós pais dessas crianças, devemos agradecer dia após dia por essas pesquisas e continuarmos vibrando para que os resultados das experiências com as novas drogas e remédios sejam eficientes e possam chegar até nós num curto espaço de tempo. Obrigada meu DEUS.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Autismo não é problema 'meramente pediátrico', diz pesquisador brasileiro


Alysson Muotri trabalha nos EUA e tem importantes estudos na área.
Em visita ao Brasil, cientista deu palestra para médicos e pais de autistas.

O biólogo brasileiro Alysson Muotri, que trabalha na Universidade da Califórnia, em San Diego, EUA, esteve em São Paulo nesta segunda-feira (26) para dar uma palestra a um grupo formado por pais de autistas e médicos que tratam pacientes desse tipo. O evento foi promovido pela associação Autismo e Realidade.
O laboratório de Muotri é especializado nas pesquisas sobre os transtornos do espectro autista, como é conhecido o conjunto de condições que provocam sintomas semelhantes, sobretudo a dificuldade no contato social. Em 2010, a equipe conseguiu, em laboratório, curar um neurônio que tinha a síndrome de Rett, uma das formas de autismo.
Como trabalha em laboratório, sem contato direto com pacientes, o biólogo aproveita palestras como essa para aprender sobre o outro lado do autismo. “Eu sempre tentei manter esse contato bem íntimo com os pais e com os médicos até para me educar, conhecer quais são os sintomas e os quadros clínicos. Com isso, eu vou pensando em tipos de ensaios celulares que eu consigo fazer a nível molecular”, disse o pesquisador.
O biólogo Alysson Muotri, em palestra para médicos e pais de autistas (Foto: Tadeu Meniconi / G1)O biólogo Alysson Muotri, em palestra para médicos e pais de autistas (Foto: Tadeu Meniconi / G1)
Nos EUA, a relação com associações filantrópicas é ainda maior. Segundo ele, as doações que provêm de grupos como esse constituem “uma fonte importante de renda para a pesquisa”. “O Brasil não tem essa cultura”, contrapôs.
Segundo Muotri, investir na cura do autismo vale a pena não só pelas melhorias na vida dos pacientes, mas também pelo retorno econômico em longo prazo. Ele calculou que, ao longo da vida, um autista custa US$ 3,2 milhões, e ressaltou que cerca de 1% das crianças norte-americanas têm a disfunção – não há registro estatístico para o Brasil.
“As pessoas se enganam de achar que esse é um problema meramente pediátrico. As crianças vão crescer, vão ficar adultas e muitas delas vão ficar dependentes, dependentes de alguém. Nos EUA, a dependência é do estado”, argumentou o pesquisador, que é colunista doG1.
O autismo
A genética por trás do autismo é complexa. Afinal, não se trata de uma doença, mas de várias síndromes. “A forma de herança é difícil de explicar. Não é um gene que passa de pai para filho. São 300 genes, há uma interação entre eles, se misturam a cada vez que isso é passado para uma geração”, explicou Muotri.
Por isso, quando pensa num potencial medicamento que possa levar à cura do autismo, o pesquisador deixa de lado a causa genética e prioriza o funcionamento dos neurônios. Nos autistas, a sinapse – ativação das redes neurais – não funciona da mesma maneira. A comunicação entre as células nervosas é menor e os transtornos são consequência disso.
No momento, sua equipe está procurando um remédio que possa melhorar esse funcionamento. Para isso, estão fazendo testes com microorganismos que vivem no fundo do mar, cuja composição química ajuda na interação com os neurônios. Outra opção são medicamentos feitos no passado para tratar outras doenças e não funcionaram, mas que podem dar certo nesse caso; a vantagem é que eles já têm aprovação prévia dos órgãos regulamentadores dos EUA.
Achar a substância certa é difícil, pois Muotri definiu o método de procura como “totalmente tentativa e erro”. “O que a gente chama de drogas candidatas são as que a gente já sabe que atuam na sinapse, mas elas podem não funcionar. Quanto mais a gente testar, melhor, aumenta a chance de a gente encontrar alguma coisa”, contou.
O autismo hoje não tem cura. Porém, em 5% dos casos, quando o diagnóstico é rápido e a variação é mais branda, as crianças conseguem eliminar a síndrome com acompanhamento psiquiátrico.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Filho autista de Toni Braxton

Toni Braxton e sua família
Não foi fácil para Toni voltar a acreditar em suas possibilidades após quatro anos marcados por diferentes problemas de saúde. A cantora sofre de uma doença nos vasos sanguíneos conhecida como angina
microvascular e, além disso, foi diagnosticada com uma pericardite.

Como se já não fosse suficiente, a cantora descobriu ainda que seu filho mais velho tem autismo, o que a levou a considerar abandonar sua carreira musical para sempre.

No entanto, a intérprete, que conquistou fama mundial nos anos 90 com canções como “Unbreak my heart” e “Breath again”, explica que foi um encontro ao acaso no hospital que trouxe esperanças a ela novamente.

“Enquanto estava internada, conheci uma mulher de 60 anos que tinha sofrido quatro infartos e que me contou que acabava de voltar de férias com seu namorado de 40 anos. Me disse que esta doença não podia
me deter, que não podia ganhar a batalha, que eu ainda era muito jovem”, lembra a cantora.

A partir daí, Toni começou a trabalhar na criação das 12 faixas de Pulse”, um disco com o qual a cantora voltou ao R&B de suas origens e cujo primeiro single, “Yesterday”, foi lançado.

Renovada

Totalmente renovada e com mais forças que nunca, Toni apenas entristece o olhar quando lembra seu velho amigo Michael Jackson, de quem diz sentir muitas saudades, tanto pessoalmente quanto
musicalmente.

“Era muito carinhoso e muito próximo. Sinto saudades. Sua música está aí, mas me dá pena por não podermos mais seguir desfrutando dele”, afirma a cantora, séria.

Toni conheceu o rei do pop durante um evento beneficente, já que desde que sua doença foi diagnosticada, a cantora trabalha como porta-voz da Associação Americana do Coração.

Além disso, também apoia a Associação Americana de Autismo, um trabalho com o qual a cantora pretende ensinar como lidar com a doença.

Embora Toni tenha vendido mais de 40 milhões de discos durante sua carreira, ela teve seu nome associado a problemas financeiros, que a levaram a romper com seus empresários em 2007. O CD mais recente é “Pulse” e foi lançado no ano passado (Fonte: G1).

Segundo o site Black Celebrity kids, Toni diz que seu filho autista, Diezel, estava se desenvolvendo de uma forma diferente em relação ao seu irmão, Denim.
No mesmo dia em que seu filho foi diagnosticado como autista, Toni faria um show em Las Vegas. Em lágrimas, ela disse à plateia o que tinha acontecido. “Você tende a culpar a si mesmo. Perguntei a mim
mesma se tinha feito algo errado. Muitas vezes os pais negam porque eles querem pensar que seu filho é perfeito” (Nota do blog).



contato:
http://www.deficienteciente.com.br/2011/09/cantora-americana-toni-braxton-fala-sobre-seu-filho-autista.html



sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Descoberta de pesquisadores dos EUA promete respostas sobre o autismo


A família Bolger
Clayton Bolger, com seus filhos autistas, Lachlan e Alyssa, diz a derrubar algumas das barreiras seria "surpreendente". Imagem: Marie Nirme Fonte: The Australian
Os pesquisadores têm pela primeira vez identificadas duas cepas biologicamente diferentes de autismo em um grande avanço em comparação com a descoberta de diferentes formas de câncer em 1960.
As descobertas, a ser anunciado em uma conferência internacional em Perth autismo hoje, são vistos como um passo fundamental para compreender as causas do autismo e desenvolvimento de tratamentos eficazes, bem como uma cura.
Os resultados trazem esperança de que a comunicação, socialização e outras dificuldades que a experiência de crianças autistas podem ser resolvidos mais facilmente e mais cedo.
Pesquisadores da University of California Davis MIND Institute é em Sacramento começou o Projeto fenômeno autismo em 2006. Eles vêm estudando o crescimento do cérebro, a exposição ambiental e constituição genética de 350 filhos com idade entre 2 e 3 1 / 2 anos, e até agora encontrados dois subtipos biologicamente distintas do desenvolvimento do cérebro autista.
Um grupo de crianças - todos meninos - tinham cérebros mais alargada e tinha regredido em autismo após 18 meses de idade; outro grupo parecia ter sistemas imunológicos que não estavam funcionando corretamente.
Ao longo da década de 1960, os pesquisadores identificaram diferentes formas de câncer - por exemplo, específico para o pulmão, mama e pele - o que levou a uma melhor compreensão de suas causas e, finalmente, melhorar a maneira pela qual eles foram tratados.
Dois Clayton e Rhona Bolger filhos - Alyssa, 6 e Lachlan, 4 - ter sido diagnosticado com autismo. Sr. Bolger, do subúrbio de Perth de Maddington, disse que qualquer ajuda era bem-vindo.
"Para ser capaz de bater algumas das barreiras para baixo, quase circunavegar-los antes que eles aconteçam - como socialização e comunicação - se essas barreiras estão para baixo antes mesmo de chegar à escola ou um grupo de pares, que seria incrível", disse o Sr. Bolger.
Psiquiatria professor David Amaral, que liderou o estudo longitudinal MIND Institute, disse que as descobertas poderiam levar a um tratamento mais individualizado. "O objetivo final é quando uma criança entra na clínica, ao invés de dizer que você só tem autismo, para poder dizer que você tem tipo de autismo A, B ou tipo, ou do tipo C", disse o Dr. Amaral.
"E então, com base nessa descrição, gostaríamos de saber se há um perfil diferente tratamento que deve recomendar às famílias.
"Como exemplo, se uma criança tem uma forma de autismo imunológico, pode ser que o que nós queremos fazer é manipular o sistema imunológico em vez de tentar qualquer outra coisa que pode estar relacionada às funções sinápticas no cérebro."
Famílias foram apresentados actualmente com uma vasta gama de tratamentos sem necessariamente saber que funcionou.
"Mas se pudermos dar-lhes mais informações sobre o que exatamente é o processo causal para o autismo de seu filho, então podemos nos concentrar nos sobre isso e esperamos ter uma intervenção mais produtiva", disse ele.
Dr Amaral vai apresentar pesquisas de sua equipe para a Conferência Autismo Ásia-Pacífico, hoje, na frente de alguns dos investigadores do mundo levando o autismo. Ele previu que haveria muitos subtipos mais biológica do autismo identificou apenas como havia muitas formas de cancro. "Se estivéssemos tentando curar todos os cânceres, ao mesmo tempo, seria impossível", disse ele. "Bem, o mesmo é verdade para o autismo Meu palpite é que não só não vai ser um único marcador de diagnóstico para o autismo -.. Lá vai ser um painel inteiro"
Bruce Tonge, emérito professor de psiquiatria da Universidade Monash, concordou que muitos subtipos de autismo foram provável que surjam.
"Tem sido por algum tempo sabe-se que pelo menos para algumas crianças com autismo, seus cérebros crescer muito rapidamente nos primeiros anos de vida e, em seguida, planalto fora", disse Professor Tonge.
"Então, ainda mais refinamento desse conhecimento será importante. Atualmente, um número de pessoas que estão também à procura de outros possíveis fatores ambientais que contribuem, e da interação entre o ambiente eo sistema imunológico de uma pessoa pode ser uma possibilidade interessante lá."

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Mitos e verdades sobre o Autismo

O Mito: os autistas têm mundo próprio.
A Verdade: os autistas têm dificuldades de comunicação, mas mundo próprio de jeito nenhum. O duro é que se comunicar é difícil para eles, nós não entendemos, acaba nossa paciência e os conflitos vêm. Ensiná-los a se comunicar pode ser difícil, mas acaba com estes conflitos.

O Mito: os autistas são super inteligentes.
A Verdade: assim como as pessoas normais, os autistas têm variações de inteligência se comparados uns aos outros. É muito comum apresentarem níveis de retardo mental.

O Mito: os autistas não gostam de carinho.
A Verdade: todos gostam de carinho, com os autistas não é diferente. Acontece que alguns têm dificuldades com relação à sensação tátil, podem sentir-se sufocados com um abraço por exemplo. Nestes casos deve-se ir aos poucos, querer um abraço eles querem, a questão é entender as sensações. Procure avisar antes que vai abraçá-lo, prepare-o primeiro por assim dizer. Com o tempo esta fase será dispensada. O carinho faz bem para eles como faz para nós.

O Mito: os autistas gostam de ficar sozinhos.
A Verdade: os autistas gostam de estar com os outros, principalmente se sentirem-se bem com as pessoas, mesmo que não participem, gostam de estar perto dos outros. Podem às vezes estranhar quando o barulho for excessivo, ou gritar em sinal de satisfação; quando seus gritos não são compreendidos, muitas vezes pensamos que não estão gostando. Tente interpretar seus gritos.

O Mito: eles são assim por causa da mãe ou porque não são amados.
A Verdade: o autismo é um distúrbio neurológico, pode acontecer em qualquer família, religião etc. A maior parte das famílias em todo o mundo tende a mimá-los e superprotegê-los, são muito amados, a teoria da "mãe geladeira" foi criada por ignorância, no início do século passado e foi por terra pouco tempo depois. É um absurdo sem nexo.

O Mito: os autistas não gostam das pessoas.
A Verdade: os autistas amam sim, só que nem sempre sabem demonstrar isto. Os problemas e dificuldades de comunicação deles os impedem de ser tão carinhosos ou expressivos, mas acredite que mesmo quietinho, no canto deles, eles amam sim, sentem sim, até mais que os outros.

O Mito: os autistas não entendem nada do que está acontecendo.
A Verdade: os autistas podem estar entendendo sim, nossa medida de entendimento se dá pela fala, logo se a pessoa não fala, acreditamos não estar entendendo, mas assim como qualquer criança que achamos não estar prestando atenção, não estar entendendo, de repente a criança vem com uma tirada qualquer e vemos que ela não perdeu nada do que se falou, o autista só tem a desvantagem de não poder falar. Pense bem antes de falar algo perto deles.

O Mito: o certo é interná-los, afinal numa instituição saberão como cuidá-los.
A Verdade: toda criança precisa do amor de sua família, a instituição pode ter terapeutas, médicos, mas o autista precisa mais do que isto, precisa de amor, de todo o amor que uma família pode dar, as terapias fazem parte; uma mãe, um pai ou alguém levá-lo e trazê-lo também.

O Mito: eles gritam, esperneiam porque são mal educados.
A Verdade: o autista não sabe se comunicar, tem medos, tem dificuldades com o novo, prefere a segurança da rotina, então um caminho novo, a saída de um brinquedo leva-os a tentar uma desesperada comunicação, e usam a que sabem melhor, gritar e espernear. Nós sabemos que isto não é certo, mas nos irritamos, nos preocupamos com olhares dos outros, às vezes até ouvimos aqueles que dizem que a criança precisa apanhar, mas nada disto é necessário, se desse certo bater, todo o burro viraria doutor! Esta fase de gritar e espernear passa, é duro, mas passa. Mesmo que pareça que ele não entenda, diga antes de sair que vai por ali, por aqui etc. e seja firme em suas decisões. Não ligue para os olhares dos outros, você tem mais o que fazer. Não bata na criança, isto não ajudará em nada, nem a você e nem a ele. Diga com firmeza que precisa ir embora, por exemplo, e mantenha-se firme por fora, por mais difícil que seja. Esta fase passa, eles precisarão ver a firmeza do outro.


Fonte: Bengala Legal | Lucy Santos
Texto adaptado para divulgação no site do Instituto Indianópolis

sábado, 20 de agosto de 2011

AUTISTA NO CRIANÇA ESPERANÇA DA GLOBO - show de Jobson


Inês Cristina Cardoso é tia de um autista e faz parte de um grupo de mães independentes que estão lutando pelo reconhecimento e pela inclusão dos portadores dessa disfunção no Brasil. No dia do show que Jobson Maia gravoupara ser exibido no Criança Esperança, algumas dessas mulheres foram até lá para apoiar o autista que tem uma bela história de superação e também para chamar a atenção para as diversas dificuldades que familiares encontram durante o desenvolvimento do autista.

Mais informações sobre a Associação Brasileira de Autismo, a ABRA, no sitewww.autismo.org.br . Ou através do telefone (11) 3376-4406.

Informações sobre o autismo e atendimento a famílias e pessoas portadoras da disfunção são encontradas na Associação de Amigos do Autista, a AMA. A associação fundada em 1983 foi a primeira no Brasil a trabalhar com o assunto. No site também é possível encontrar artigos sobre o Autismo, além de vídeos e guias práticos.
AMA – Associação de Amigos do Autista
Telefone: (11) 3376-4400
Endereço: Unidade Cambuci – Rua dos Lavapés, 1123
Cambuci, São Paulo – SP. CEP: 01519000
Email: falecomaama@ama.org.br
Site: www.ama.org.br 

O Projeto Criança Esperança é uma iniciativa da Rede Globo em parceria com a Unesco. Tem como objetivo chamar a atenção da opinião pública para a situação da infância e da juventude, expondo ao debate alguns dos principais problemas que atingem crianças, jovens e adolescentes. Todo ano, a campanha mobiliza os brasileiros para doarem recursos, que são aplicados em projetos sociais em todo o Brasil. Em 2011, o Criança Esperança apoia 75 projetos, beneficiando 20 mil crianças e adolescentes.