segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Terapia de Integração Sensorial


A criança com disfunção Integrativa Sensorial (DIS) não pode se adaptar eficientemente, suavemente e satisfatoriamente a um ambiente normal, porque seu cérebro não desenvolveu os processos de integrar as sensações daquele ambiente. Ele/a necessita de um ambiente seja altamente estabelecido feito sob medida para o seu sistema nervoso. Caso o ambiente seja estabelecido apropriadamente, a criança será capaz de integrar sensações que nunca havia sido capaz de integrar antes. Dada a oportunidade de agir dessa forma, o cérebro se organizará (Ayres, 1995).

Nos últimos 15 anos, neurocientistas mostraram que a integração com o ambiente realmente melhora a estrutura, a química e a função do cérebro. Os pioneiros neste tipo de pesquisa foram Dr Mark Rosenzweig, citado por Ayres (1995), e seus associados na Universidade da Califórnia em Berkeley.

Nos experimentos de Rosenzweig e seus associados, um grupo de ratos passava algum tempo em ambiente enriquecido, enquanto outro grupo ficava em um ambiente empobrecido, após algum tempo estes ratos eram mortos e seus cérebros dissecados e analisados, em quase todos os casos, eles descobriram que os ratos do ambiente enriquecido possuíam córtices cerebrais mais pesados, maior quantidade dos elementos químicos que mantém o cérebro saudável, maior quantidade dos elementos envolvidos na transmissão de impulsos ao longo das sinapses, e mais interconexões entre os seus neurônios. Um rato não precisava passar o tempo todo num ambiente enriquecido Rosenzweig e seus colaboradores descobriram que duas horas diária em um mês eram suficientes para produzir mudanças significativas no cérebro dos ratos (Ayres, 1995).

A terapia de Integração Sensorial tem o uso de atividades objetivas para as crianças que envolvam a promoção e controle de estímulos sensoriais, atividades estas que vão elicitar respostas adaptativas que integram os estímulos, a promoção e controle de estímulos sensoriais aumenta as oportunidades para receber, filtrar e organizar informações sensoriais, respostas adaptativas melhoram a habilidade para responder apropriadamente às várias demandas do ambiente. Por hipótese, a ênfase esta em aumentar o processamento de informações sensoriais dentro do sistema nervoso. A terapia tem melhores resultados quando a criança quer estímulos (Michel e Babey, 1997).

O princípio central da terapia é fornecer e controlar a entrada de estímulos sensoriais, especialmente o estímulo do sistema vestibular, das articulações, músculos e pele de tal forma que a criança espontaneamente forma as respostas adaptativas que integram todas as sensações.

Fazer esta idéia funcionar com a criança disfuncional requer um terapeuta experimentado e uma ampla sala com muitos equipamentos simples, porém especial. Quando o terapeuta esta fazendo o seu trabalho eficientemente a criança esta organizando o seu sistema nervoso e parece que a criança está simplesmente brincando (Ayres, 1995).

Antes de tratar a criança deve-se diagnosticar o seu problema. Para crianças com idade entre quatro e nove anos, a maioria dos terapeutas usam o “Southern Califórnia Sensory Integration Tests” (SCSIT) para medir a eficiência dos processos sensoriais da criança (Ayres, 1995).

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