quinta-feira, 4 de agosto de 2011

EQUOTERAPIA E AUTISMO - NO RANCHO PORTA DO CÉU


A Fisioterapeuta Patricia

Rafael Yuri na Equoterapia no Rancho Porta do Céu - Rio Branco-Ac

A utilização do cavalo no tratamento equoterápico, além da função cinesioterápica, produz importante participação no aspecto psíquico, uma vez que o indivíduo usa o animal para desenvolver e modificar atitudes e comportamentos (GAVARINI, 1997). Este recurso terapêutico pode melhorar as relações sociais de crianças Autistas favorecendo uma melhor percepção do mundo externo e ajuste tônico-postural adequado (FREIRE, 2003). Segundo o DSM-IV, Transtorno Autista ou Autismo Infantil Precoce é um transtorno invasivo do desenvolvimento, definido pela presença de desenvolvimento anormal e/ou comprometido que se manifesta antes da idade de três anos e pelo tipo característico de funcionamento anormal em três áreas: interação social, comunicação e comportamento restrito e repetitivo.
A interação com o cavalo, desde o primeiro contato e cuidados preliminares até a montaria, também desenvolve novas formas de comunicação, socialização, autoconfiança e auto estima.

Nossas conclusões demonstram que o contato com a equipe de atendimento e o cavalo, gera ganhos mesmo quando a montaria não ocorre de forma efetiva. O cavalo torna- se atraente para o autista estimulando seu contato visual e expressão corporal, mais uma vez apresentando-se como facilitador na relação social destas crianças.


Estas evidências corroboram com a literatura onde Roberts (2002), cita que a equitação além de estimular o desenvolvimento do ser humano como um todo tem seus benefícios aumentados através da estimulação do ambiente; por meio do ruído causado pelas folhas das árvores, a sensação do vento no rosto e a experimentação de uma diversidade de odores.

No trabalho com Autistas é importante a percepção por parte da equipe de qual o momento o paciente está vivendo em relação ao cavalo para que sua aproximação ocorra, pois o fato de perceber e aceitar o animal pressupõe uma curiosidade e contato com a realidade vivenciada naquele momento.

Através da utilização do Pônei percebemos que se aproximar do animal torna-se menos ameaçador devido ao seu pequeno porte. A criança pode tocá-lo com maior facilidade, explorar suas partes e interagir com o animal percebendo de perto suas reações.


Também o trabalho de descoberta torna-se mais seguro, pois o terapeuta pode usufruir uma liberdade maior ao cuidar da criança.
No cavalo foi fundamental a percepção do momento que a criança estava vivendo para tentar aproximá-lo do animal.

Durante os semestres em que fizemos a aproximação todos os relatos dos familiares vinham de encontro a nossas conclusões durante o trabalho, pois fora do ambiente da Equoterapia ele começou a observar o mundo ao seu redor, modular mais gestos com intenção de comunicação e seu comportamento permitiu uma maior aproximação e contato com as pessoas.

Concluímos que o cavalo  facilitou a aproximação de nosso paciente também com relação ao seu aspecto lúdico possibilitando que este “brincar” fosse mais tarde transferido para o cavalo.

Os resultados vêm de encontro à teoria onde a criança apresentou percepção do outro, jogo social, mímica, postura corporal ou gestos para iniciar ou modular a interação, percepção em relação ao mundo externo, percepção, exploração e relacionamento com animal, iniciativa própria que são pontos importantes segundo Freire (1999).





Um comentário:

  1. Parabéns mesmo pelo trabalho ótimo que vocês estão fazendo, eu que sou um grande apaixonado por cavalos e eu sei o quanto um cavalo ajuda na vida da gente, acredito que vocês só têm que agradecer a DEUS e o PESSOAL DO RANCHO PORTA DO CÉU e a todos que ajudarão ou ajudam. PARABENS!!!

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